Avenida D. Pedro IV tem projecto "quase pronto"

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Rio quer que pequenos proprietários da zona se reúnam num fundo Adelaide Carneiro

Rui Rio considera que as críticas do PS sobre o parque radical no Queimódromo merecem ser analisadas

A futura Avenida D. Pedro IV, que ligará a Praça do Império à Avenida da Boavista, tem desenho e projecto "praticamente concluídos", anunciou ontem o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio. O autarca participou numa breve cerimónia em que descerrou uma pequena placa - colocada num poste, pouco abaixo de uma placa toponímica normal - na qual se lia: "Atribuição do topónimo "D. Pedro IV" na evocação dos 180 anos da chegada do exército libertador ao Porto, 9 de Julho de 2012, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio." Mais acima, a placa verde regulamentar já identificava a "Avenida D. Pedro IV", acrescentando como informação suplementar "1798-1834 Rei de Portugal e I Imperador do Brasil".

O autarca calcula que "já não deve faltar muito" tempo para que se inicie a construção da ainda futura Avenida D. Pedro IV. Esta será "uma das mais importantes do Porto" e "da mesma largura ou mais larga até" do que a Avenida da Boavista. Rio antevê que a nova via terá a "vantagem" de ser totalmente projectada antes de se iniciar a sua construção. Para esta arrancar, adiantou que "a única coisa que é preciso conseguir é um acordo com os proprietários". Mas as conversações estão "bastante avançadas", referiu.

No caso dos pequenos proprietários, estes deverão formar "um fundo de investimento" para que possam ganhar massa crítica, explicou. Recorde-se que a Câmara do Porto atribuiu a designação D. Pedro IV à via que já era conhecida como Avenida Nun"Álvares, decidindo ainda renomear a VCI como Via Nun"Álvares.

Rui Rio comentou as críticas do PS sobre a instalação do parque radical Porto Extreme Sportno Queimódromo da cidade, cuja inauguração está marcada para o próximo sábado. O facto de o parque contar com seis pistas para cursos de velocidade e de derrapagens controladas preocupa o PS-Porto, devido à poluição ambiental e sonora provocada por estas actividades. "É o vice-presidente [Vladimiro Feliz] que está a tratar disso, mas admito que aquilo que o PS levantou deve ser tratado", comentou Rui Rio. "A maioria das notícias que leio é só disparates; esta não é."

Apesar das insistências dos jornalistas, Rui Rio recusou comentar a polémica das nomeações para a administração da Metro do Porto e, nomeadamente, o facto de António José Lopes, nome que indicara, ter sido aceite, depois de ter sido rejeitado. Da mesma forma, declinou pronunciar-se sobre o facto de o Tribunal Constitucional ter considerado inconstitucionais os cortes de subsídios de férias e Natal dos funcionários públicos e pensionistas. Rui Rio disse ainda ao PÚBLICO que ainda não decidiu se vai apresentar queixa contra Manuel Leitão, o editor de revista Porto Menu que, na passada quinta-feira, lhe agarrou-e torceu a orelha esquerda, no final de uma cerimónia.

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