Vida selvagem no Reino Unido está em declínio

Relatório diz que 60% das plantas e animais são menos abundantes hoje do que há 50 anos.

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Três em cada cinco das mais de três mil espécies analisadas no relatório sofreram uma redução na sua abundância nos últimos 50 anos, e uma em cada dez está em risco de extinção. Cerca de 31% das espécies perderam metade da população, enquanto que 20% tiveram um aumento para o dobro.

As causas apontadas pelo estudo vão desde a intensificação da agricultura até à pesca excessiva, passando pelas alterações climáticas e pelaa construção civil.

Apesar de mostrar vários aspectos negativos na evolução da biodiversidade do Reino Unido, o relatório também identifica pontos positivos: a reduzida poluição da água permitiu que as lontras se espalhassem por todo o país.

De acordo com o relatório, as zonas verdes nas cidades são áreas importantes, uma vez que muitas pessoas só têm contacto com a vida selvagem aí. Mas numa tentativa de não ocupar o espaço reservado para a agricultura, a construção tem ocupado as áreas verdes dos centros urbanos. “Para muitas pessoas, a vida selvagem urbana proporciona o seu único contacto com a natureza: sem ela, como é que se pode esperar que se preocupem com a sua sobrevivência?", indaga o relatório.

Na introdução do documento, o conhecido apresentador de televisão e naturalista inglês David Attenborough deixa um alerta quanto aos seus resultados. "As causas são variadas, mas a maioria deve-se em última instância à forma como usamos a terra, o mar e os seus recursos naturais, normalmente com pouca preocupação em relação à vida selvagem com quem os partilhamos", diz Attenborough. “O impacto nas plantas e animais tem sido profundo”, completa.

O relatório abrange, no entanto, apenas 5% das cerca de 59.000 espécies terrestres do Reino Unido. O trabalho baseou-se em observações feitas por milhares de voluntários das 25 organizações participantes.

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