Dilma convoca reunião de emergência perante risco de falta de energia

Baixo nível das barragens coloca Brasil sob o risco de novo racionamento de electricidade.

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O Nordeste brasileiro enfrenta a sua pior seca dos últimos 50 anos Ricardo Morais

Dois terços da electricidade consumida no Brasil vêm das hidroeléctricas. Mas o país acumulou, em termos globais, pouca chuva no último ano. No final de 2012, as barragens da região Sudeste e Centro-Oeste, onde são produzidos 70% da electricidade do país, estavam com apenas 30% da sua capacidade preenchida. No Nordeste, as populações enfrentam a maior seca dos últimos 50 anos, com as albufeiras a cerca de 30% da sua capacidade. Um período de intenso calor, sobretudo nas regiões a sul, está a agravar a situação, com grande consumo de electricidade para aparelhos de ar condicionado, ventoinhas e refrigeradores.

Segundo o jornal brasileiro Folha de São Paulo, Dilma Rousseff combinou com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, a realização da reunião com as empresas eléctricas. O objectivo é fazer um balanço da situação e chegar a propostas concretas.

Uma situação semelhante, em 2001, levou o então Presidente Fernando Henrique Cardoso a determinar um racionamento de electricidade. Todos os consumidores foram obrigados a reduzir em 20% o consumo, com penalizações para quem não cumprisse a meta.

Ainda há duas semanas, Dilma Rousseff tinha afastado a hipótese de impor restrições ao consumo. “Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento”, disse, então, numa conferência de imprensa.
 
 

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