Desde a criação formal desde programa, há dois anos, o investimento realizado atingiu os mil milhões de euros, a maioria dos quais na compra de imóveis.

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira num comunicado conjunto do gabinete do vice-primeiro-ministro e dos ministérios da Administração Interna e Negócios Estrangeiros, foram investidos 906,4 milhões de euros na aquisição de bens imóveis. Os restantes 95,5 milhões são transferências de capital.

Foram concedidos 1649 vistos ao abrigo deste programa – 1563 pela compra de imóveis, 83 por via da transferência de capitais e três pela criação de, pelo menos, dez postos de trabalho, refere-se no mesmo comunicado.

Os cidadãos chineses são quem mais recebe vistos gold. Segundo a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), a China representa 80% das autorizações de residência concedidas no terceiro trimestre deste ano. O Governo refere que os principais investidores vêm ainda do Brasil, da Rússia, da África do Sul, do Líbano, de Angola e de Moçambique.

Face aos números já conhecidos, a expectativa da CPCI é que, até ao final de 2015, o regime de incentivos dos vistos gold atinja os dois mil milhões de euros em investimentos.

Para além do “efeito relevante” do regime incentivos na “dinamização da actividade económica, em particular no sector do imobiliário e da construção civil”, o Governo diz que o programa também tem “contribuído para o aumento da receita fiscal, bem como para a manutenção e criação de postos de trabalho”.

No caso dos imóveis, têm de ser investidos pelo menos 500 mil euros para que o cidadão possa receber um visto gold. Esta semana, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal veio defender a aposta na reabilitação urbana, dando conta de que começam a escassear imóveis que se enquadrem nestes valores, em cidades como Lisboa, Casais e em determinadas zonas do Algarve.