Vistos gold atraíram 101 milhões de euros de investimento em Novembro

Investimento no sector imobiliário totalizou 90 milhões de euros.

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Imobiliário continua a atrair investidores que querem receber uma autorização de residência.

Em comunicado, a CPCI adianta que o programa registou 132 novos investidores, o que revela o "forte potencial de atracção de investimento”, continuando a ter a "confiança dos investidores e de todo o mercado".

O somatório do investimento ao abrigo do programa de autorização de residência para investimento (ARI) ascende actualmente a 1177 milhões de euros, dos quais 1062 milhões (91%) correspondem a aquisição de património imobiliário, no valor mínimo de 500 mil euros.

O investimento por transferência de capitais, que ultrapassa os 115 milhões de euros, obriga a uma transferência mínima de um milhão de euros. Pela criação de emprego, no mínimo de 10 postos de trabalho, foram atribuídas apenas três ARI.

Em comunicado, a CPCI destaca o facto de “nenhum outro programa de captação de investimento ter conseguido atingir resultados tão positivos”. A confederação refere ainda que, “para além de todos os efeitos indirectos sobre a actividade económica, em sectores como o comércio ou o turismo, os mil milhões aplicados pelos investidores externos em imobiliário nacional representaram mais de 60,5 milhões de euros em impostos directos e 20,4 milhões em taxas de emissão de vistos”.

A CPCI reafirma “a necessidade de o programa ser melhorado, permitindo-se potenciar os resultados obtidos” e dá como exemplo "não só a possibilidade de associar ao investimento na aquisição de um imóvel a concretização de projectos de reabilitação urbana, bem como a criação de mecanismos que incentivem o seu alargamento a todo o território nacional, permitindo a sua difusão em regiões com elevado potencial, mas que ainda não foram objecto de investimentos significativos, como é o caso do interior do país”.

A suspeita de graves irregularidades e pagamentos indevidos na atribuição de vistos gold  motivou uma investigação e levou à detenção de 11 pessoas, entre os quais altos funcionários do Estado. Entre os detidos encontra-se o presidente do Instituto dos Registos e Notariado, António Figueiredo, o director nacional do SEF, Manuel Jarmela Palos, e a secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes. 

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