Em conjunto, a Volkswagen, Audi, Seat e Skoda venderam 2250 automóveis ligeiros (incluindo veículos de passageiros e comerciais), o que significa um aumento de 38% em relação a Agosto, uma subida que fica cinco pontos percentuais acima do mercado. Já em relação a Setembro de 2014, as vendas dos carros do fabricante alemão cresceram 18%, neste caso significativamente abaixo dos 30% que foram a subida total da venda de automóveis ligeiros em Portugal.

Os dados, ainda provisórios, foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Automóvel de Portugal.

À semelhança do que acontece nas vendas globais, a Volkswagen é em Portugal a marca mais forte do grupo. Com 1287 unidades comercializadas, foi a terceira marca em Portugal que mais automóveis ligeiros vendeu (a segunda quando contabilizados apenas os de passageiros). Tinha uma quota de mercado de 9%, semelhante à que registava em Setembro do ano passado. Em primeiro lugar está a Renault, seguida da Peugeot.

Das restantes três marcas, a espanhola Seat foi a única que registou uma quebra. A empresa comercializou 341 unidades, mais 34% do que no mês anterior, mas uma quebra de 12% face a Setembro de 2014.

A marca espanhola opera em Portugal através de uma subsidiária, ao passo que as restantes três são importadas pela Siva. Segundo dados da Seat, revelados pelo Diário Económico, há no mercado português cerca de 23 mil carros desta empresa que estão equipados com o sistema que falseia os resultados dos testes de emissão de poluentes. A empresa tinha ainda 50 nos stands, cuja venda foi suspensa.

Já a Audi vendeu 711 unidades em Setembro, o que é mais 40% do que em Agosto e mais 39% do que há um ano. A Skoda comercializou 211 carros, mais 62% do que no mês anterior e um crescimento de 19% em relação a 2014.

Feitas as contas a todo o mercado português, foram vendidos 15.138 automóveis ligeiros, dos quais 12.624 foram de passageiros. É um crescimento de 30% quando comparado com Setembro de 2014, mantendo-se a tendência de recuperação a dois dígitos do sector.

O Grupo Volkswagen continua entretanto a tomar medidas para lidar com a crise. Depois de já ter divulgado os números de carros afectados para os mercados mais relevantes, começou a suspender as vendas dos modelos em alguns países. Esta quinta-feira, o comité executivo do grupo afirmou que completar as investigações em curso “vai demorar, pelo menos, vários meses”.