Venda de livros em Portugal cai 4,6%, para 310 milhões de euros
A facturação no sector da indústria editorial no mercado nacional desceu 4,6% em 2013, face ao ano anterior, devido à quebra do consumo das famílias e ao aumento de conteúdos disponibilizados online.
O estudo revela que esta descida se tem verificado ao longo dos últimos anos, sendo que a sua origem está na quebra do consumo das famílias portuguesas, “devida à crise económica” e à “difusão de conteúdos disponíveis na Internet”.
Angola e Moçambique “são os principais mercados de destino de livros portugueses”, representando 47% e 16%, respectivamente, do valor total das exportações. No entanto, e “após vários anos de notável crescimento”, as exportações estagnaram em 2013, para um total de 55 milhões de euros.
No mesmo período, a produção no mercado editorial registou uma descida de 4,7%, para 324 milhões de euros, acompanhando a “tendência de redução do número de editoras”, que engloba actualmente cerca de 460 empresas e “emprega hoje 2600 trabalhadores”.
“Apesar da reduzida dimensão média das empresas do sector, nos últimos anos tem-se desenvolvido um processo de concentração impulsionado pelas operações de aquisição e fusão entre empresas levadas a cabo por alguns dos grupos de maior dimensão”, detalha a estudo, acrescentando que, em 2012, os cinco maiores operadores reuniram uma quota de mercado conjunta de 64%, percentagem que chegou aos 77%, considerando a participação conjunta dos dez primeiros.