Foi no metro que se assistiu à maior queda, num total de 25,1 milhões de viagens, o que correspondeu a 54,9% da descida global nos transportes. Face a 2011, este recuo significou uma redução percentual de 11%.
No quarto trimestre de 2012, o abrandamento acentuou-se, alcançando 12,6%. Esta tendência teve muito mais expressão em Lisboa, onde o metropolitano registou uma queda de 16,3% no número de deslocações. No Porto, a descida foi de apenas 0,3%.
Apesar de em termos absolutos a queda mais acentuada ter sido protagonizada pelo metro, foram os transportes fluviais que registaram a maior diminuição percentual com 12% menos viagens em relação a 2011. Isto correspondeu a menos 3,8 milhões de deslocações.
Os transportes ferroviários registaram uma queda semelhante de 11% com menos 17 milhões de passageiros face ao período homólogo. Esta diminuição notou-se também no transporte de mercadorias, havendo o registo de menos 387 mil toneladas transportadas, ou seja, cerca de 4% menos que no ano 2011.
Apesar do recuo generalizado em 2012, houve uma área que escapou à queda no movimento de passageiros. Tratou-se do transporte aéreo, cujo tráfego cresceu 1% para 31,6 milhões. Ainda assim, tratou-se de uma subida ligeira, que correspondeu a um ganho líquido de apenas 258 mil viagens.
A fuga de passageiros registada no ano passado está relacionada com fenómenos como o desemprego, cuja escalada para 16,9% até ao final de 2012 tem tido impactos no número de deslocações. Além disso, os transportes públicos sofreram aumentos acentuados nos últimos meses, que se situam numa média de 20% para empresas como a CP ou a Carris.