O Índice de Gestores de Compras (IGC) – um indicador económico construído através de inquéritos a empresas do sector privado – indica que as indústrias transformadoras britâncias atravessam um momento de crise. Um IGC de 50 seria o suficiente para demonstrar que as empresas mantiveram os níveis de produtividade. Porém, o índice de Janeiro é de 47.9, contrariando previsões de 51.

Desde a crise financeira de 2008, o Reino Unido terá entrado mais uma vez em recessão em Abril de 2012. Esta nova diminuição da indústria põe o país à beira da terceira recessão nos últimos quatro anos, avança a Reuters.

A produção fabril representa cerca de um décimo da economia, sendo o suficiente para diminuir o crescimento económico em 0.1 pontos percentuais. As fracas perspectivas de crescimento levaram a uma diminuição do valor da libra, moeda que nesta sexta-feira atingiu um valor mínimo desde há dois anos e meio face ao dólar.

Contudo, Chris Williamson, economista da Markita (a empresa responsável pela elaboração do índice) diz que há razões para preservar o optimismo. O economista diz que a diminuição do valor da libra poderá fomentar as exportações, levando assim a uma melhoria da situação da indústria.

Segundo analistas que falaram ao Financial Times, esta quebra poderá levar a uma acção de Quantitative Easing (QE) por parte do Banco de Inglaterra. O QE tem como objectivo aumentar a procura ao injectar dinheiro directamente na economia através da compra de activos financeiros de entidades privadas.