Recuperação económica ganha força na zona euro e na OCDE

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O emprego na zona euro caiu em contraciclo com os países da OCDE e restante União Europeia Foto: Samuel Kubani /AFP

Os indicadores compósitos avançados, desenhados para antecipar a inversão de tendências na actividade económica, revelam diferentes padrões consoante a zona geográfica, mostrando que, no conjunto dos 40 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a recuperação da economia é mais visível na zona euro do que nas economias emergentes, onde se esperava uma estabilização da tendência actual ou um abrandamento do crescimento.

Estados Unidos e Japão, sublinha a OCDE na nota divulgada hoje, deverão manter um forte crescimento económico, ao contrário da zona euro, que apesar de manter a perspectiva de aceleração, regista comportamentos diferentes consoante os seus Estados membros.

Assim, segundo a OCDE, a Alemanha vai crescer de forma sustentada, a Itália também vai acelerar a recuperação, mas a França ficará como está, a contrário de Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, todos eles com perspectiva de melhorarem a sua economia nos próximos seis a nove meses.

Rússia e Brasil, por seu lado, vão abrandar o crescimento, prevê a organização.

A OCDE continua a prever que a actividade económica em Portugal venha a recuperar nos próximos meses, assim como na Irlanda e na Grécia.

Nos indicadores compósitos avançados da OCDE de Maio hoje divulgados, os dados dão conta de uma subida nas perspectivas de melhoria da actividade económica em Portugal há pelo menos um ano de forma consecutiva.

Os indicadores compósitos relativos a Portugal chegaram já aos 101,3%, superior à média de longo prazo de 100 pontos.