Que investidores têm a companhia no radar?

Sete potenciais candidatos assinaram um acordo de confidencialidade para terem acesso a informação privilegiada. Muitos vão ficar pelo caminho ou concorrer em parceria. E é provável que surjam novos nomes.

David Neeleman
Dono da transportadora aérea brasileira Azul, o empresário norte-americano, que nasceu no Brasil, posicionou-se desde cedo para ficar com a TAP. Aliás, já em 2012 era apontado como um dos potenciais candidatos. Também chegou a ser incluído no lote de interessados na M&E Brasil, a deficitária unidade de manutenção que a companhia tem naquele país, mas a venda da subsidiária, da qual a Azul é a maior cliente, nunca chegou a ser concretizada. Neeleman, que também controla a low-cost norte-americana Jetblue, chegou a Lisboa esta semana e esteve reunido uma última vez com o Governo. Entre as preocupações do empresário, perante a eventualidade de avançar para a compra da TAP, estão a instabilidade laboral e a elevada dívida da companhia. Para o negócio avançar, com vantagens em termos de complementaridade da rede, também terá de haver garantias de que seja concluído antes das eleições legislativas e com a colaboração dos credores bancários da transportadora aérea portuguesa. Mas é quase certo que fará uma proposta.

Gérman Efromovich     
Único candidato à compra da TAP em 2012, viu a oferta rejeitada pelo Governo, mas não desistiu de fazer da companhia uma ponte do grupo sul-americano Avianca, do qual é accionista maioritário, para a Europa. A sua forma de estar deixou marcas, que têm sido apontadas com um óbice. Mas a qualidade da proposta que apresentou, em termos de projecto estratégico para TAP, sempre foi sublinhada. O problema, em 2012, foi de cariz financeiro. Os seus representantes estiveram reunidos com o executivo esta semana e é muito provável que Efromovich, que pediu nacionalidade polaca para ultrapassar as limitações comunitárias, avance com uma oferta.

Miguel Pais do Amaral
O empresário português continua a ponderar fazer uma oferta de compra pela transportadora aérea, num consórcio que conta com o antigo accionista e presidente da Continental Airlines, Frank Lorenzo. No início deste ano, não resistiu a adiantar alguns pormenores sobre o plano que tem para a TAP, nomeadamente uma eventual entrada em bolsa. Mas não é certo que avance com uma proposta, apesar de, nos últimos dias, ter continuado a trabalhar para reunir as condições que lhe permitam fazê-lo.      


Gol
A transportadora aérea brasileira, segunda maior no país, também está na lista dos interessados, embora não se saiba ainda em que moldes seria feito o investimento, já que os não-europeus não podem deter mais de 49% da TAP. Apesar de ter assinado o acordo de confidencialidade, não há registo de novas interacções com o Governo ou de tentativas para ultimar uma oferta de compra. Esta semana, divulgou uma forte derrapagem nos prejuízos do primeiro trimestre.     

Apollo, Cerberus e Greybull
Estas três empresas de capital de risco fecham o lote dos investidores que acederam a informação privilegiada sobre a TAP. As norte-americanas Apollo e Cerberus também estão na corrida ao Novo Banco, mas nenhuma tem actualmente investimentos na aviação. Já a Greybull, baseada em Londres, comprou no final de 2014 a low-cost britânica Monarch, que sofreu uma profunda reestruturação.

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