PSD queixa-se de “contratempo” e assume discordar do chumbo
A decisão “não deixa de ser um forte contratempo no caminho que o Governo e o Estado português desejava fazer de racionalização, de requalificação e modernização da administração pública de forma a servir melhor os portugueses e simultaneamente permitir a redução da despesa do Estado de forma sustentada”, sublinhou Marco António Costa em Vila Real. Tudo isto para que, segundo frisou, se cumpram todos os objectivos com que Portugal se comprometeu a nível internacional e, por essa via, "recuperarmos completa soberania do país" a partir de 2014.
No entanto, Marco António Costa mostrou-se confiante de que o “Governo português irá encontrar soluções adequadas para ultrapassar mais esta dificuldade no percurso que o país tem que fazer”.
Na mesma linha, o CDS-PP, pela voz de João Almeida, reconhece que a decisão do TC “limita ainda mais a margem que o Governo tem para cumprir as obrigações” com que se comprometeu com a troika. O porta-voz do partido aponta uma saída para ultrapassar o chumbo, lembrando que “o regime da mobilidade especial não é novo”. “É preciso encontrar uma solução que respeite a interpretação do tribunal sobre as normas, permita poupanças na despesa pública e a equidade entre o público e o privado”, afirmou João Almeida, em declarações aos jornalistas no Parlamento. Sem adiantar a forma concreta como a questão será ultrapassada, o deputado considera que “há espaço para encontrar uma solução”.