PS diz que solução para o Banif é a que melhor salvaguarda sistema financeiro
Socialistas consideram que a alternativa seria a liquidação do banco.
A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, asseverou esta segunda-feira que a solução encontrada no domingo para o Banif é a que melhor salvaguarda o sistema financeiro e a alternativa seria a liquidação do banco.
"Esta solução é, pois, de entre todas, a que menos custos acarreta", vincou a socialista sobre a solução encontrada pelo Governo que "assume de forma cabal e definitiva os custos de intervenção realizada em 2013 pelo Estado e da gestão que as autoridades fizeram deste dossier durante os últimos três anos".
Ana Catarina Mendes assinala ainda que a solução encontrada para o Banif e apresentada pelo primeiro-ministro socialista António Costa "não agrava as contas do défice orçamental do Estado" no cumprimento das metas europeias, mantendo-se assim "intactos" os compromissos do PS "para iniciar uma trajectória de recuperação dos rendimentos dos portugueses".
O actual Governo "actuou de forma célere e com total transparência", frisa a secretária-geral adjunta do PS, que acusa PSD e CDS-PP de no anterior executivo não terem feito o mesmo.
"O anterior governo da direita já não está em funções mas os portugueses continuam a pagar a factura da sua irresponsabilidade", sustentou.
Ana Catarina Mendes diz ser claro que as autoridades portuguesas geriram o processo do Banif "não no interesse dos depositantes e dos contribuintes, mas com objectivos meramente eleitorais".
E concretiza, referindo-se a uma notícia desta manhã da TSF: "Isso fica demonstrado pela carta da Comissária Europeia da Concorrência, hoje divulgada pela comunicação social, em que se refere que o problema do Banif tinha vindo a ser sucessivamente adiado por questões meramente políticas".
A constituição da uma comissão parlamentar de inquérito sobre o banco é "obviamente necessária", acrescentou ainda a dirigente socialista.
A Comissão Europeia aprovou esta segunda-feira o plano português de uma ajuda adicional de 2,25 mil milhões de euros para a cobrir o buraco financeiro no Banif.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu no domingo que a venda do Banif ao Santander, por 150 milhões de euros, tem um "custo muito elevado", mas é a solução que "melhor defende o interesse nacional".