Portugueses viajaram menos em lazer, férias e negócios no primeiro trimestre
Quando viajam, os residentes optam na sua maioria por ficar em Portugal. Deslocações para o estrangeiro diminuíram 13,7%.
Entre Janeiro e Março, os residentes em Portugal realizaram 3,7 milhões de viagens turísticas, mais 6,2% que em igual trimestre de 2012, mas este aumento foi sustentado pelo crescimento de 12,4% nas viagens de visitas a familiares e amigos.
As deslocações de lazer, recreio ou férias, caíram 1,2% e as viagens profissionais ou de negócios diminuíram 1,9%, registando as dormidas de residentes também uma redução homóloga de 9,3% neste trimestre.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que nos três primeiros meses deste ano viajaram 7,9% dos residentes em Portugal, mais que os 7,5% do primeiro trimestre de 2012. “A evolução neste último mês [Março] está em larga medida influenciada pelo efeito de calendário pois a Páscoa que este ano celebrou-se em Março, e não em Abril como aconteceu em 2012”, explica o INE.
O motivo “visita a familiares ou amigos” foi a principal razão que levou os residentes a viajarem no primeiro trimestre deste ano, registando-se em Março (efeito Páscoa) um aumento homólogo de 13,6% no número de viagens.
Dos três principais motivos para viajar, o INE regista um aumento de 12,4% no número de deslocações para visita a familiares ou amigos, num total de 2,035 milhões de viagens, e decréscimos de 1,9% nas deslocações profissionais ou de negócios (363 mil viagens) e de 1,2% nas de lazer, recreio ou férias (1,113 milhões de viagens).
Em Março, as viagens de lazer, recreio ou férias atingiram um terço das deslocações, o que o INE diz confirmar “a alteração de estrutura na motivação” dos residentes para viajar, com o motivo “lazer, recreio ou férias” a ser gradualmente substituído pelo motivo “visita a familiares ou amigos”.
Nos primeiros três meses deste ano, 91,3% (cerca de 3,4 milhões) das deslocações turísticas realizadas ocorreram em Portugal, superando o peso das viagens no território nacional no mesmo período de 2012 (89,3%).
Pelo contrário, as deslocações dos residentes para o estrangeiro diminuíram 13,7% e situaram-se abaixo de 10% nos três meses do primeiro trimestre, enquanto em Março do ano passado estas viagens tinham representado 12,6% do total.
As viagens de “lazer, recreio ou férias” com destino ao estrangeiro pesaram apenas 8,5% nas deslocações por este motivo (14,9% no trimestre homólogo de 2012) e as deslocações “profissionais ou de negócios” ao estrangeiro representaram 32,3% dos destinos destas viagens (33,2% no trimestre homólogo de 2012).
O automóvel foi utilizado em 81,4% do total de deslocações no primeiro trimestre, mais que os 80,2% registados no trimestre homólogo de 2012, e o transporte por avião registou uma quebra de 1,4 pontos percentuais ao ser utilizado em 284 mil deslocações ou 7,7% do total de deslocações.
Do total de deslocações efectuadas no 1º trimestre de 2013, 86,1% foram de curta duração (até três noites), mais 2,8 pontos percentuais do que no trimestre homólogo de 2012.
As deslocações turísticas efectuadas pelos residentes no primeiro trimestre geraram cerca de 9,4 milhões de dormidas, menos 9,3% que no mesmo trimestre de 2012, diminuindo o número médio de dormidas por viagem de três para 2,5 noites.