Portuguesas Critical Software e ISQ ganham contratos para maior telescópio óptico mundial
As empresas portuguesas Critical Software e ISQ anunciaram esta quarta-feira que assinaram contratos para a construção do mais avançado telescópio óptico do mundo, com duração de três anos, num montante acumulado de cerca de 1,5 milhões de euros.
Em comunicado, a Critical Software, empresa de desenvolvimento de soluções de software, e o ISQ, entidade privada que fornece serviços de inspecção, ensaio, engenharia e consultoria técnica, anunciam a assinatura dos contratos com o Observatório Europeu do Sul (ESO), "inseridos na construção do que virá a ser o mais sofisticado e poderoso telescópio óptico do mundo - o 'European Extremely Large Telescope' (E-ELT)".
Este anúncio é feito em conjunto com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), entidade que representa Portugal no conselho da ESO.
Os contratos agora assinados pelo ISQ e pela Critical Software têm duração de três anos, com opção de extensão até nove e dez anos, respectivamente, correspondendo a um montante acumulado de perto de 1,5 milhões de euros.
"Ambos os contractos foram assegurados num processo competitivo internacional, lançado pelo ESO para a Fase 1 da construção do E-ELT, cujo início está planeado para Janeiro de 2016", acrescentam as empresas.
"O sucesso da Critical Software e do ISQ demonstra a competitividade internacional da nossa indústria e o acompanhamento próximo da delegação portuguesa no ESO", refere o vice-presidente da FCT, citado no comunicado.
A Critical Software foi seleccionada num concurso onde foram apresentadas 13 propostas de empresas da Alemanha, Chile, Espanha, Itália, Reino Unido e República Checa para prestar serviços de validação e verificação independente de software.
Já a proposta do ISQ foi a melhor em cinco submetidas por organizações congéneres da Alemanha e Espanha.
"As actividades de ambas, Critical Software e ISQ, decorrerão nas fases de montagem, integração e verificação, em vários países europeus, no Brasil e no local de construção do E-ELT, no Cerro Amazones, uma montanha de cerca de 3.600 metros de altitude, no planalto desértico do Atacama, no Chile", referem.
"Esta é uma excelente notícia para o ESO, para Portugal e para a FCT, ISQ e Critical Software", refere Paulo Chaves, responsável do ISQ, citado no comunicado.
"Para o ISQ, este é um marco muito importante", acrescentou.
Por sua vez, a Critical Software, através de Paulo Guedes, director da tecnológica, manifesta-se satisfeita com o projecto, salientando que "é um reconhecimento internacional inequívoco da qualidade" das duas empresas.