Portas diz que exportações mostram recuperação económica e dão esperança aos portugueses
O vice-primeiro-ministro afirmou, em Madrid, que têm de ser dados os "parabéns" às empresas exportadoras.
"Cada vez que as empresas portuguesas colocam as suas marcas e os seus produtos lá fora não estão apenas a ganhar quota de mercado em concorrência com outros países, estão a proteger a sua retaguarda e postos de trabalho em Portugal", disse aos jornalistas portugueses.
O número dois do Governo rejeitou que os dados demonstrem que as exportações possam estar a tocar no tecto, apesar do abrandamento no crescimento relativamente a 2012. "Não me aprece que esse argumento possa continuar a ser usado. Em 2012 Portugal tinha tido recorde de exportações. Muita gente disse que se tinha atingido o limite. Mas em 2013 subiram globalmente mais de 4,5%", disse.
"O que significa que continuamos a crescer face ao PIB, num ano em que a partir do segundo semestre houve alguma recuperação da actividade económica e o peso das exportações sobre o produto continuou a aumentar", disse.
Portas afirmou que continua a haver "cépticos que dizem que não se pode exportar mais", mas os dados demonstram o contrário.
"Quando um país consegue aumentar a sua quota de exportações e o peso das exportações no produto, isso é sempre sintoma, avançado, de que a sua economia se está a modernizar", disse.
"Não há outra leitura possível a não ser que são um sinal positivo para a nossa economia", disse.
Descida do IRS a partir de 2015 e "faseada no tempo"
Paulo Portas disse ainda que espera que seja possível a partir de 2015 e de forma "faseada no tempo", iniciar a redução do IRS de forma a "valorizar o papel da família e o trabalho no sistema fiscal". "Em 2014 começamos pelo IRC, para atrair investimento. Isso gera riqueza e cria emprego. Em, 2015 deveremos ser capazes e trabalharemos para isso, de dar início a uma moderação do IRS", disse a jornalistas portugueses em Madrid.
"De modo a que os frutos do crescimento permitam à sociedade portuguesa ter um crescimento que seja sustentado e que os recursos da economia, em vez de ser absorvidos pelo Estado estejam à disposição das famílias e das empresas", disse.
Escusando-se a avançar mais pormenores sobre os objectivos concretos do Governo em termos de IRS, Portas disse que continuará a ser "prudente" e a "medir bem as palavras". "Espero que seja possível dar início em 2015 a um programa de moderação do IRS", disse.
"Essa reforma pode ser faseada no tempo, porque temos que ser prudentes e deve valorizar o papel da família no sistema fiscal e o trabalho e a vontade de trabalhar e de subir na vida no sistema fiscal", afirmou.