Pais do Amaral diz que a proposta que entregou garante "independência" da TAP
Empresário português assegura que concorre à privatização rodeado de investidores internacionais com "elevada experiência" na aviação.
"A TAP não tem vocação para ser uma subsidiária. Seria uma pena, para não falar do risco, se a TAP com uma história de 70 anos de sucesso, fosse absorvida por empresas de menor dimensão", refere o empresário português, em declarações enviadas ao PÚBLICO.
Pais do Amaral acrescenta que "a TAP deve permanecer uma empresa independente, na medida em que tem recursos técnicos altamente qualificados e uma base de clientes e de rotas que fazem da empresa uma das grandes companhias aéreas do mundo", frisando que a proposta que entregou "garante a independência da empresa e a sua auto-determinação estratégica".
O investidor diz ainda que a oferta assegura "que o centro de decisão se mantém em Portugal assim como o hub em Lisboa". Dois requisitos que estão contemplados no caderno de encargos da privatização.
E, embora sem adiantar detalhes, revela que o consórcio através do qual apresentou a proposta "é composto por investidores financeiros internacionais de grande dimensão com elevada experiência no sector da aviação".
Até agora, sabe-se apenas que a oferta pela TAP foi entregue em nome da sua holding pessoal, a Quifel, e que o empresário já não está na corrida à empresa com o antigo dono da Continental Airlines, Frank Lorenzo, ao qual inicialmente estava associado.
Fonte próxima de Pais do Amaral referiu ao PÚBLICO que a proposta que este apresentou "é superior aos valores já referenciados pela comunicação social [sobre a proposta de Efromovich] com a nuance de ser em cash [dinheiro] pago no primeiro dia".
A oferta conhecida em maior detalhe é a de Germán Efromovich, que pressupõe 35 milhões pelas acções da TAP, 12 novos aviões avaliados em 100 milhões e uma injecção de mais 250 milhões ao longo de dois anos.
Depois da entrega de propostas, cujo prazo terminou na sexta-feira, esta semana é importante no dossier da privatização da TAP. A administração da TAP tem até quarta-feira para se pronunciar sobre o projecto estratégico apresentado pelos três candidatos. E a Parpública, a holding estatal que detém as acções da TAP, tem de emitir até sexta-feira um parecer sobre as três propostas apresentadas, do ponto de vista da admissibilidade jurídica e das mais-valias financeiras.