OCDE antecipa recuperação da actividade económica em Portugal

Indicadores avançados procuram prever o comportamento da actividade económica dentro de seis a nove meses.

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O PIB recuou 4% no primeiro trimestre face ao mesmo período do ano passado Daniel Rocha

Nos indicadores compósitos que publica todos os meses, a instituição tenta detectar os primeiros sinais de pontos de viragem nos ciclos económicos, procurando antecipar, com seis a nove meses de avanço, o comportamento da actividade económica de um país.

Para Portugal, e em linha com o que acontece desde Fevereiro, o indicador mantém-se acima dos 100 pontos. De Abril para Maio, registou uma subida de 0,26 pontos (de 101,3 para 101,5).

Quando este movimento acontece, ou seja, quando há um crescimento no indicador acima de cem, a OCDE projecta uma expansão da economia. Valores decrescentes acima de cem indicam uma desaceleração da actividade. Já quando os valores são crescentes, mas estão abaixo deste patamar, são sinal de recuperação – foi o que aconteceu nas previsões feitas pela organização entre Agosto do ano passado e Janeiro deste ano. No caso de se registar uma queda e o valor ficar abaixo de cem, a OCDE prevê uma contracção da actividade.

Apesar de os indicadores estarem a crescer desde Fevereiro, a curva do Produto Interno Bruto português continua em terreno negativo. Os últimos dados publicados pelo INE, relativos ao primeiro trimestre, revelaram uma forte queda da economia (de 4% em relação ao mesmo período do ano passado).

No entanto, os economistas do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa da Universidade Católica apontam já para um crescimento do PIB em cadeia de 0,6% entre Abril e Junho, embora continuem a prever que, no conjunto de 2013, a economia recue 2,4%. E também um relatório do banco Montepio, publicado nesta semana, projecta um crescimento de 0,4% para o segundo trimestre.

Para os 17 países da zona euro, o indicador da OCDE voltou a ficar acima de 100 pontos, mantendo-se praticamente estável a dinâmica de crescimento (o valor calculado pela organização passou de 100,2 para 100,4 pontos).

A mesma evolução é feita em relação às quatro maiores economias europeias (100,1 pontos) e para o conjunto dos países da OCDE, que reúne mais de 30 economias de mercado. Enquanto para a Itália, Alemanha e Reino Unido prevê uma expansão da actividade, para França, a OCDE projecta uma estabilização.
 
 
 
 
 
 

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