De acordo com um comunicado emitido esta quinta-feira, a admissão das acções da Mota-Engil África irá ocorrer num “mercado regulamentado europeu”, embora não seja adiantado o nome da praça escolhida.

A estratégia por esta opção de financiamento, segundo o grupo de construção, tem como objectivo o acesso “a uma comunidade de investidores globais com forte apetência pelos negócios desenvolvidos no continente africano”.

Antes, no entanto, o plano tem de ser aprovado em assembleia geral do grupo, ainda por marcar. Depois, haverá uma distribuição de cerca de 20% do capital da actual unidade de negócios africanos aos accionistas do grupo, “que poderão alienar ou manter”.

De seguida, haverá um aumento de capital da Mota-Engil África, em dinheiro e reservado aos accionistas do grupo, ligado à dispersão de capital da empresa numa bolsa europeia. Não é claro qual a percentagem do capital a dispersar, mas o comunicado enviado pelo grupo afirma que será mantida “uma forte participação de controlo, tendo presente a sua unidade e coesão, o seu modelo de negócio e desenvolvimento baseado numa estrutura colaborativa de negócios e geografias”.

A Mota-Engil África, da qual a Mota-Engil Angola tem sido um dos grandes motores de crescimento (com o apoio da Sonangol), representou 32% da actividade total do grupo. No final de 2012 estava presente em oito países, através de várias empresas. É daqui que vem a maior fatia das vendas e prestação de serviços, com um peso de 32% do total, equivalente a 729 milhões de euros (contra 611 milhões em 2011).

No final do ano passado, dos 3357 milhões de euros que havia de encomendas em carteira, quase metade vinham dos mercados africanos.

Esta quinta-feira, o grupo anunciou os resultados trimestrais, que mostram os lucros a subir 50% até SEtembro, chegando aos 37,9 milhões de euros.