Multinacional irlandesa e Câmara de Moncorvo assinam contrato para parque eólico

O futuro parque eólico vai ficar instalado a 900 metros de altitude, num local situado entre as localidades de Lousa e Castedo.

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A construção destes parques vai dinamizar as fábricas de pás e aerogeradores de Vagos e Oliveira de Frades Paulo Pimenta

"Para a Island este é um projecto importante já que se trata do primeiro investimento da empresa feito em Portugal, sendo o mesmo efetuado num clima de dificuldades económicas e sociais que o país atravessa", disse à Lusa o director executivo da Island, Paulo Amante.

O investimento da multinacional de capitais irlandeses ronda os 75 milhões de euros, o que vai permitir a instalação de 25 a 30 aerogeradores com uma potência que vai de 2 a 2,5 megawatts, tratando-se assim de um investimento "viável".

O futuro parque eólico vai ficar instalado a 900 metros de altitude, num local situado entre as localidades de Lousa e Castedo.

A futura infra-estrutura eléctrica apanhará ainda parte do vizinho concelho de Carrazeda de Ansiães, onde ficarão instalados três a sete aerogeradores.

"A localização do futuro parque eólico é bastante atractiva já que há a possibilidade de ligação à rede eléctrica nacional e, em termos ambientais, trata-se de um local que não levanta problemas", referiu o empresário.

O começo da construção do parque eólico no concelho de Torre de Moncorvo está agendado para o Verão de 2014, prevendo-se a sua conclusão nos primeiros meses de 2015.

Para o presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, este protocolo representa o início de um compromisso entre as partes envolvidas.

"Até ao final de 2014 o município vai receber cerca de três milhões e setecentos e cinquenta mil euros em contrapartidas regionais", avançou Aires Ferreira.

Assim, o autarca garante que este é o início de um compromisso com a multinacional irlandesa, já que, no passado, um outro investimento do género, previsto para a serra do Reboredo, também no concelho de Torre de Moncorvo, "nunca chegou a sair do papel".

"Se o projecto anterior não tivesse sofrido algumas vicissitudes, o município de Torre de Moncorvo já teria arrecadado desde 2011, cerca de 4,5 milhões de euros em contrapartidas", concluiu Aires Ferreira.