Mota-Engil manterá mais de dois terços da Mota-Engil África

Assembleia geral aprovou distribuição condicional de 20% do capital da Mota-Engil África

Foto
Depois de várias aquisições, Mota-Engil está a reequacionar as áreas de aposta. Dário Cruz

A distribuição dos títulos aos accionistas da Mota-Engil foi aprovada por unanimidade, tendo estado representado 73,8% do capital social, a que corresponde 78% dos direitos de voto.

Com a aprovação na AG, o conselho de administração ficou mandatado para avançar com a dispersão em bolsa da Mota-Engil África, que será realizada em simultâneo com um aumento de capital reservado aos actuais accionistas. O montante  de aumento de capital não foi avançado.

Em declarações aos jornalistas, António Mota, garantiu que a Mota-Engil manterá um controlo de "mais de dois terços da Mota-Engil  África".

O chairman da construtora adiantou ainda que a decisão pela bolsa onde será pedida a admissão será tomada no primeiro trimestre de 2014 e as opções actuais são três: Londres, Lisboa e Amesterdão.

A empresa espera que a admissão à negociação em mercado regulamentado possa ser concretizada durante o primeiro semestre de 2014.

Os critérios para a escolha da praça bolsista serão a visibilidade do título, a liquidez, e a complexidade e duração do processo administrativo de admissão à cotação.

Questionado sobre se a operação, que é uma espécie de spin-off ou destaque da Mota-Engil África, não pode prejudicar ou retirar valor às acções da Mota-Engil SGPS, cotadas na Euronext Lisboa, António Mota admitiu “que é um risco”, mas acrescentou que, “por um lado,  as pessoas podem pensar que a Mota-Engil vai distribuir um dividendo extraordinário  de 20%”, mas que, por outro lado, “ também vai ser possível reconhecer o valor África”.  E concluiu: “a nossa expectativa é que valorizem as duas acções”.

Actualmente, a  Mota-Engil África, que manterá esta designação, agrega 42% do total de negócios da Mota-Engil SGPS e 61% da  rentabilidade operacional.

Em 2012, o grupo construtor alterou o modelo de governação, adaptando-o à dispersão geográfica dos seus negócios, designadamente África, que é o seu maior mercado, América Latina, que é o que está a registar maior crescimento, e Europa, que agrega Portugal.

Neste momento, 82% da carteira de encomendas do grupo de construção está fora de Portugal e 80% da rentabilidade do grupo também tem origem fora das fronteiras nacionais, referiu António Mota.

Na AG foi ainda aprovada a autorização para que o conselho de administração possa alienar todas ou algumas das acções próprias, operação que, segundo António Mota, será realizada em bolsa. 
 
 
 Notícia actualizada às 15h30, com informação sobre calendário previsível de admissão à bolsa.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar