Mota-Engil e Novo Banco vendem negócios de portos aos turcos da Yildirim

Construtora liderada por Gonçalo Moura Martins aliena activos por 275 milhões de euros.Novo Banco também vende posição, herdada do BES

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Depois de várias aquisições, Mota-Engil está a reequacionar as áreas de aposta. Dário Cruz

A Mota-Engil e o Novo Banco venderam o negócio dos portos ao grupo turco  Yildirim. O anúncio foi feito nesta terça-feira depois do fecho da Bolsa de Lisboa.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil vendeu as concessões portuárias em Portugal, Espanha e Perú (da subsidiária Tertir) e a empresa Mota-Engil Logística por 275 milhões de euros. Antes da dessa transacção se efectivar haverá “algumas operações de reorganização societária”, indicou.

Tal como o PÚBLICO avançou, o mote para a venda do negócio dos portos foi dado pelo Novo Banco, cuja participação de 36,87% na Tertir transitou do BES. O banco liderado por Stock da Cunha também anunciou ontem a alienação desta participação e espera que a operação fique fechada “até ao final do ano corrente”. O Novo Banco sublinhou que a venda terá “um impacto positivo nos resultados líquidos, rácio de solvabilidade e de liquidez” da instituição. A Autoridade da Concorrência ainda terá de dar luz verde ao negócio.
Em comunciado, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins disse que esta venda acontece “na sequência da decisão estratégica de saída do segmento portuário em sintonia com o reforço recente que o grupo fez no segmento de resíduos”. Recentemente a Mota-Engil ganhou a corrida à privatização da Empresa Geral do Fomento (EGF). 

“O encaixe financeiro resultante desta transacção irá permitir a optimização e o reforço da sua estrutura de capital, em linha com a estratégia financeira delineada”, diz ainda a Mota-Engil, em comunicado enviado à CMVM.

Gonçalo Moura Martins, disse em comunicado que as “várias demonstrações de interesse que foram surgindo nos últimos anos” reconhecem a “qualidade da gestão promovida ao longo de quase uma década pela Mota-Engil no sector portuário”.