Lucros da Ryanair aumentaram 152% no primeiro trimestre fiscal
Companhia revê em alta perspectivas de lucros para resto do ano.
Perante estes resultados, a transportadora irlandesa, que recentemente anunciou a criação de uma base operacional no Porto, com o estacionamento de dois aviões, reviu em alta as previsões económicas para este ano e anunciou novos planos de crescimento em vários aeroportos do continente.
Assim, a Ryanair prevê obter no final do actual exercício fiscal, que termina em Março de 2015, resultados líquidos entre 620 e 650 milhões de euros, contra a previsão anterior de entre 580 e 620 milhões de euros.
O director financeiro explicou ainda que esta revisão do lucro se ficou a dever "a um número maior de passageiros, o que reduz os custos unitários". Nos últimos três meses, o número de passageiros da Ryanair cresceu 4% para os 24,3 milhões. A companhia prevê que este indicador suba cerca de 5% para os 86 milhões até Março de 2015.
Entre Abril e Junho deste ano, a Ryanair transportou 24,3 milhões de passageiros, mais 4% que no primeiro trimestre fiscal de 2013, enquanto a taxa de ocupação dos aviões aumentou para 86%.
No segundo trimestre deste ano, a Ryanair também aumentou as receitas para 1 340 milhões de euros, mais 11% que no período homólogo de 2013.
As receitas resultantes das vendas de extras, que incluem as vendas a bordo, taxas com cargas ou taxas de embarques com prioridade, aumentaram 4%.
A Ryanair espera este ano superar os resultados alcançados no ano fiscal anterior, quando obteve resultados líquidos de 523 milhões de euros, menos 8% que no período anterior, o primeiro recuo em cinco anos.
A transportadora também sublinhou que as melhorias introduzidas no serviço de atenção ao cliente, como a possibilidade de reservar lugar ou de levar uma segunda mala de mão gratuitamente, contribuirão para o aumento do tráfego, para conseguir transportar 84,6 milhões de passageiros no ano fiscal em curso, que termina em Março de 2015.
O director executivo da Ryanair, Michael O´Leary, refere em comunicado que a empresa se viu "inundada com ofertas de crescimento" de aeroportos europeus, como forma de responder à redução de operações de outras companhias aéreas. A companhia também está a apostar em novos públicos, com destaque para executivos, idosos e famílias.
Este ano, a Ryanair começou a receber as primeiras unidades de uma encomenda de 180 aparelhos Boeing 737-800 pedidos ao fabricante norte-americano.