Jumbo eleito pela Deco Proteste como o mais barato
Comparação entre um cabaz de 85 produtos.
O estudo da Proteste baseou-se na comparação de 50.617 preços, recolhidos em 581 lojas de todo o país e três online. Foram abrangidos 81 concelhos e, pela primeira vez, a revista incluiu o “cabaz mix” que combina produtos de marca com os mais baratos, da insígnia da distribuição. “Mais adaptado aos novos hábitos, este cabaz reflecte o consumo real dos portugueses”, justifica.
Da amostra, foram excluídas 12 lojas (todas do grupo Auchan e da Sonae, dona do Continente e do PÚBLICO) por “falta de transparência e de confiança”. “O trabalho dos nossos inquiridores foi condicionado na hora da visita à loja, ou detectámos um posicionamento anómalo nos preços expostos nessa altura”, denuncia a revista. Entre essas lojas está, por exemplo, o Continente da Amadora, que concorre directamente com o Jumbo na mesma localidade, considerado o mais barato neste artigo.
Olhando apenas a tabela que distingue as lojas mais baratas para comprar o que a Proteste designa de “cabaz mix”, o Jumbo e o Pão de Açúcar ocupam os dois primeiros lugares. Segue-se o Continente Modelo, o Continente e o Continente Bom Dia, que tem a mesma classificação do Pingo Doce, detido pela Jerónimo Martins. Em 17 cadeias analisadas, o supermercado Intermarché ocupa a 9ª posição, o Minipreço a 10ª e o Lidl a 11ª.
O artigo diz ainda que trocar produtos por outros equivalentes mas mais baratos pode representar uma poupança média de 20%. “Nos estabelecimentos Ponto Fresco atinge o recorde de 24%, e no Lidl e Pão de Açúcar ronda os 22%”, lê-se no documento.
A escolha da loja também determina o nível de poupança conseguido: comprar produtos de mercearia, drogaria e frescos no Pão de Açúcar do centro comercial Amoreiras significa uma poupança de 348 euro ano, em comparação com o El Corte Inglés.
No geral, os preços mais altos são praticados no distrito de Beja, Bragança e Guarda. Pelo contrário, Lisboa, Porto e Vila Real destacam-se por oferecer os produtos (seleccionados para este estudo) mais em conta.
A Proteste alerta ainda que os supermercados online cobram preços acima da média em comparação com as lojas físicas da mesma cadeia. Em cerca de metade dos distritos, a revista “descobriu uma loja com preços iguais ou inferiores aos dos supermercados virtuais”.