Isabel dos Santos na assembleia geral de accionistas da Zon Optimus
Reunião magna de accionistas aprova órgãos sociais da empresa de telecomunicações.
O primeiro ponto da ordem de trabalhos, a aprovação dos estatutos da Zon Optimus, foi aprovado com 99,36% dos votos. O segundo ponto, a eleição dos órgãos sociais, recebeu luz verde com 90,64% dos votos.
O novo grupo de telecomunicações que vem disputar o mercado com a Portugal Telecom (PT) é detido em 50,01% pela ZOPT, empresa detida em partes iguais pela angolana Isabel dos Santos e pela Sonaecom de Paulo Azevedo.
Do casamento entre uma empresa forte nas comunicações móveis com outra forte na televisão por subscrição esperam-se sinergias de centenas de vários milhões de euros (os números oscilam entre os 350 e os 700 milhões, segundo os analistas) e uma política comercial agressiva ao nível dos serviços em pacote que incluam televisão, Internet e telefone fixo e móvel (o chamado quadruple-play) para concorrer com as propostas do Meo (PT).
Da lista de accionistas relevantes da Zon Optimus fazem ainda parte a Sonaecom (7,28%), o BPI (4,53%), a Fundação José Berardo e Metalgest (3,49%), a Espírito Santo Irmãos (3%) e Joaquim Oliveira (2,90%). Em bolsa, a Zon Optimus vale aproximadamente 2267 milhões de euros.
Aos comandos da empresa estarão, além de Miguel Almeida (ex-presidente executivo da Optimus), Luís Gonçalves Lopes e José Pedro Pereira da Costa (que transitam da equipa de gestão da antiga Zon), Ana Paula Marques e Manuel Ramalho Eanes (que vêm da Optimus), Miguel Martins (até há pouco presidente executivo da angolana Unitel) e André Almeida (administrador da Zap, a operação da Zon em Angola e Moçambique).
A presidir ao conselho de administração da nova empresa estará Jorge Brito Pereira, advogado da filha do Presidente angolano, que fez parte da equipa jurídica que assessorou a fusão.