HSBC paga multa de 1400 milhões de euros por branqueamento de capitais

Dois bancos britânicos anunciaram esta semana o pagamento de indemnizações recorde aos EUA para encerrar processos judiciais que envolviam lavagem de dinheiro.

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Os dois maiores britânicos estavam acusados de ocultar transferências para países ou entidades sancionadas Andrew Winning/Reuters

O maior banco europeu em valor de capitais anunciou nesta terça-feira que vai pagar 1470 milhões de euros ao Governo dos EUA como parte de um acordo para ser encerrado o processo em que é acusado de branqueamento de capitais no México e Médio Oriente.

O britânico HSBC havia sido acusado há quatro anos pela justiça norte-americana de ter alegadamente facilitado a transferência de milhares de milhões de euros para destinos alvos de sanções internacionais, concretamente cartéis mexicanos e Irão. De acordo com um relatório divulgado pelo Senado norte-americano em Julho, citado pelo Financial Times, o HSBC terá apagado detalhes que identificariam transacções bancárias para o Irão e terá ainda ignorado o risco de grande parte do dinheiro que o banco movimentava no México ter como origem o tráfico de droga.

No anúncio divulgado esta terça-feira, o director-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, “lamenta profundamente” o comportamento do banco e afirma que a instituição “admite as responsabilidade pelos seus erros passados”. O líder do maior banco britânico diz ainda que o banco agiu durante os últimos dois anos em linha com as autoridades governamentais para descobrir e compensar os seus comportamentos passados.

A par da indeminização do HSBC, o banco britânico Standard Chartered chegou, na segunda-feira, também a um acordo para o pagamento de 252 milhões de euros às autoridades norte-americanas para encerrar um processo em que era acusado de ter violado sanções dos EUA.

Esta é a segunda indeminização que  o Standard Chartered pagou este ano. Em Agosto, acusado de ter ocultado aos EUA transacções financeiras para o Irão no valor de até 193 mil milhões de euros, o banco britânico negociou o fim do processo por uma compensação de 262 milhões de euros.

 

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