No balanço da greve geral, o líder sindical considerou que a adesão foi superior à das greves gerais de 2010 e de 2011, afirmando que “os objectivos foram cumpridos”.
Num tom calmo e sem triunfalismos, o sindicalista destacou a “forte adesão inequívoca do sector público empresarial do Estado”, acrescentando que “também houve adesão muito substancial no [sector] privado”. Reconheceu no entanto que a adesão no privado foi inferior: “Compreendemos que a adesão do privado seja claramente inferior.”
No plano político, Carlos Silva disse que os portugueses rejeitaram as políticas de austeridade e defendeu a necessidade de a concertação social “voltar a ser uma busca de soluções”.
“Os portugueses não aceitam as políticas de austeridade. Outra não pode ser a mensagem. Ao aderirem à greve quiseram dizer não à austeridade e não à submissão em relação as políticas que vêm da troika”, afirmou. “O Governo deve procurar junto da troika atenuar as condições de sofrimento dos portugueses.”
Ao contrário da CGTP, a UGT não defendeu a demissão do Governo e insistiu na necessidade do diálogo. “Não queremos cortar as pontes de diálogo com ninguém. A UGT está disponível para o diálogo mas não para o diálogo de surdos”, afirmou.