Garantia Jovem quer chegar aos jovens que não estão inscritos no IEFP
Mais de 130 mil jovens sem ocupação estão fora das listas dos Centros de Emprego
O secretário de Estado do Emprego, Octávio de Oliveira, afirmou, no mesmo sentido, à margem de uma cerimónia de apresentação e discussão pública do programa Garantia Jovem, no Porto, que "é necessário encontrar esses jovens que não estão inscritos no serviço público de emprego, para que, do seu diagnóstico, possa haver o encaminhamento para uma resposta".
"Estão identificados em Portugal um conjunto de recursos na casa dos 1300 milhões de euros para os próximos dois anos, para se encontrarem respostas que têm a ver com estágios profissionais, com apoio às empresas, mas também respostas ao nível da educação, permitindo que alguns jovens que tenham abandonado o sistema educativo, designadamente o ensino superior, possam regressar", afirmou o secretário de Estado.
Jorge Gaspar exemplificou com o caso de um "jovem de 23 anos que é sinalizado como desempregado e é imediatamente colocado no serviço público de emprego como forma que, no quadro das medidas activas e formação profissional, possa ser dada uma resposta a essa pessoa no prazo de quatro meses".
"Em 2014 e 2015, o objectivo da Garantia Jovem é desenvolver cerca de 378 mil respostas de educação, formação, inserção e emprego para os jovens portugueses (que não trabalham, não estudam nem seguem qualquer formação), o que envolverá um investimento de aproximadamente 1300 milhões de euros", referiu, no mês passado, o Ministério da Solidariedade, Emprego e Solidariedade Social.
Semanas antes, a Comissão Europeia havia instado os Estados-membros a implementarem o quanto antes os seus planos Garantia Jovem, de apoio aos jovens desempregados, que, no caso de Portugal, deverá contar com 300 milhões de euros de fundos comunitários.