Faria de Oliveira renunciou ao cargo de presidente da CGD

Oficializa a renúncia à presidência não executiva do banco estatal.

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Faria de Oliveira aceitou ser presidente da Associação Portuguesa de Bancos Foto: Fábio Teixeira

O banqueiro informou o presidente da comissão de auditoria da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Eduardo Paz Ferreira, que, tal como já tinha manifestado verbalmente ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a 1 de Novembro de 2012, bem como noutras ocasiões, oficializa a renúncia à presidência não executiva do banco estatal.

Segundo as referidas fontes, que pediram para não ser identificadas, na base deste pedido está a acumulação de responsabilidades e funções de Faria de Oliveira na presidência da CGD e da Associação Portuguesa de Bancos (APB).

Face à intensidade do trabalho que Faria de Oliveira tem exercido no âmbito da liderança da entidade que representa a banca portuguesa, sobretudo, num momento de grandes alterações regulatórias e estruturais que o sector bancário atravessa, o gestor decidiu concentrar-se no trabalho na APB, cessando as suas funções no banco público.

Contactada pela agência Lusa, fonte oficial da CGD escusou-se a tecer qualquer comentário.

Faria de Oliveira liderava a CGD desde 2008, primeiro como presidente executivo - após a saída de Carlos Santos Ferreira para o BCP -, e, depois de o modelo de governação do banco ter sido alterado, passou a 'chairman' [presidente não executivo], tendo entrado José de Matos, que fez carreira no Banco de Portugal, para a liderança executiva da CGD.

De resto, Faria de Oliveira não deverá ser o único dos atuais membros do Conselho de Administração do banco estatal a deixar a instituição.

De acordo com uma notícia hoje publicada pelo Diário Económico, além do responsável, os administradores executivos da CGD Norberto Rosa e Rodolfo Lavrador também estão de saída.

Norberto Rosa, que tem o pelouro financeiro do banco público, faz parte da administração da CGD desde 2004 e completa este ano o seu terceiro mandato, pelo que não poderia ser reconduzido no cargo. Deverá regressar ao Banco de Portugal, de onde saiu para integrar a maior instituição financeira portuguesa.

Já Rodolfo Lavrador é o responsável pela área internacional da CGD e, segundo o diário especializado em assuntos económicos, deverá deixar as atuais funções uma vez que "não terá cumprido os objectivos" estabelecidos para as operações internacionais do banco público.

Por seu turno, o administrador não executivo Pedro Rebelo de Sousa terá apresentado em meados de Abril o seu pedido de demissão do cargo, de acordo com o mesmo jornal.

Em Dezembro, António Nogueira Leite também tinha resignado ao cargo de administrador da CGD, por alegadas divergências com a restante equipa de gestores do banco.