Exportações de cortiça voltam a aumentar

Corticeira Amorim atinge vendas recorde em 2012.

Foto
Designers têm de apresentar propostas que tenham por base o uso da cortiça Daniel Rocha

Atingindo um valor máximo de 895,9 milhões de euros em 2001, as exportações de cortiça foram diminuindo até um mínimo de 823,7 milhões de euros em 2009 devido à ameaça dos vedantes alternativos. Desde então, o mercado de exportações tem vindo a aumentar.

A Amorim, a maior produtora de cortiça nacional, encerrou 2012 com um recorde de 511 milhões de euros em vendas, relatando um aumento de 22,9% face ao ano anterior. Em termos absolutos, o EBITDA da empresa registou um crescimento de 13,8%, ascendendo a 82,5 milhões de euros.

João Rui Ferreira, presidente da Associação Portuguesa da Cortiçar (Apcor) refere que “o aumento das exportações demonstra, por um lado, a preferência dos mercados pelos produtos de cortiça e, por outro lado, é o resultado da estratégia da indústria da cortiça, levada a cabo nos últimos anos. A inovação e o reforço dos índices de qualidade dos produtos aliados a uma clara aposta na comunicação e em novos mercados são alguns dos exemplos do trabalho em curso que nos conforta e inspira para um futuro mais promissor”.

A Amorim, por sua vez, refere que o seu sucesso se deve tanto ao aumento da eficiência operacional como à diversificação das suas actividades e ao incremento do negócio extra europeu. Em comunicado, a empresa refere ainda que embora o mercado europeu tenha abrandado, as vendas de rolhas aumentaram 4% graças aos mercados no Novo Mundo.

A Amorim tem investido em pesquisa para fazer face às rolhas sintéticas. A nova gama Neutrocork tem assistido a um aumento de vendas de 20%. As novas rolhas são tratadas com vapor de água de modo a reduzir a incidência de TCA - Trichloroanisol, um químico que dá ao vinho o chamado sabor a rolha. Assim, as rolhas sintéticas perdem a vantagem que mantinham em relação às tradicionais.

Segundo a Apcor, os principais destinos das exportações portuguesas de cortiça são: França (20,34%), EUA (17,11%) Espanha (11,16%), Itália (10,04%) e Alemanha (9,72%).

Sugerir correcção
Comentar