Efacec vende negócio de logística a empresa alemã
Grupo Körber vai ficar com a Efacec Handling Solutions.
O PÚBLICO contactou a Efacec e a Körber, mas nenhuma das empresas quis adiantar o montante envolvido no negócio. O grupo Körber, sedeado em Hamburgo, também está presente na área dos sistemas de logística (além de negócios nas áreas da automatização, máquinas de moagem, sistemas de embalagens para a indústria farmacêutica, entre outros).
A aquisição do negócio de logística da Efacec permite-lhe “reforçar o seu processo de internacionalização” numa área considerada “estratégica”, refere a empresa alemã num comunicado do início de Maio, onde também dá as boas-vindas ao grupo Körber aos cerca de 180 colaboradores da Efacec Handling Solutions.
Frisando que a Efacec Handling Solutions, liderada por Mário Clemêncio, é um parceiro de negócio muito valorizado por várias indústrias em Portugal, Espanha, Bélgica e alguns países de Leste, a Körber destaca ainda o facto de a empresa ter escritórios em Singapura e uma unidade de produção em Bombaim (em parceria com o grupo indiano Godrej).
A empresa, sedeada no Porto, concebeu os sistemas de entrega e armazenamento de bagagens em aeroportos em Portugal, na Índia e em Singapura, mas também os sistemas de logística dos armazéns da Unicer, em Vialonga, ou do armazém da Coca-Cola, em Madrid, entre outros projectos. Uma diversificação de experiências e projectos que permitirá à Körber oferecer “produtos e serviços ainda mais atractivos aos clientes internacionais”, refere a empresa alemã.
A venda da Efacec Handling Solutions (que em breve deverá mudar de nome), ocorreu no âmbito da reestruturação que o grupo controlado pela José de Mello e pela Têxtil Manuel Gonçalves – reunidos na holding Efacec Capital, com posições idênticas de capital - tem vindo a desenvolver nos últimos dois anos.
Na semana passada, os dois accionistas anunciaram a venda de 65% da Efacec Power Solutions à Winterfell, uma sociedade controlada maioritariamente pela empresária angolana Isabel dos Santos,e onde a empresa estatal angolana ENDE (Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade) tem uma posição minoritária.
Um negócio de 200 milhões de euros que, segundo a Winterfell, virá “reforçar financeiramente a empresa portuguesa, aumentar a sua capacidade de investimento e actuação no mercado e relançar a sua estratégia de internacionalização”. Em comunicado, os novos accionistas afirmaram também que a economia angolana ““sairá beneficiada dado o know-how da Efacec para áreas-chave do seu crescimento económico”.
Na Efacec Capital fica agora uma posição de 35% na Efacec Power Solutions (a José de Melo e a Têxtil Manuel Gonçalves passam a deter uma participação de 17,5% cada uma), bem como os negócios de manutenção (área em que a empresa presta serviços a clientes na área da produção de energia, infra-estruturas rodoviárias e de caminhos de ferro, da indústria petroquímica e pasta de papel, da gestão energética em edifícios, entre outros) e a área das energias renováveis, que inclui a gestão de parques de energias renováveis no estrangeiro (como alguns parques eólicos da EDP).
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