Decisão na TAP foi correcta, diz CDS

Foto
O líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, reagiu esta quarta-feira a declarações de João Proença Foto: Nuno Ferreira Santos

O líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, considerou, esta quinta-feira, “correcta” a decisão do Governo de suspender a privatização da TAP, sublinhando que estão em causa “interesses estratégicos de Portugal”.

 

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado disse que o Governo tomou uma decisão “correcta” e que a privatização da TAP é talvez a “mais sensível do ponto de vista daquilo que são os interesses estratégicos de Portugal”. <_o3a_p>

Para Nuno Magalhães, neste processo “era preciso defender Lisboa como continuação de plataforma de voos para África e para a América Latina, perceber a importância de proteger o interesse de Portugal, de manutenção de voos para países que são, do ponto de vista estratégico, importantes para Portugal e para os emigrantes e para as ilhas”. <_o3a_p>

“Era preciso também que o comprador reunisse um conjunto de condições do ponto de vista financeiro que permitissem, por um lado, que a TAP fosse solúvel, por outro que se um dia, embora preferencialmente fosse para ficar, mas se um dia quisesse vender a empresa o Estado português tivesse uma posição de preferência. O comprador não terá passado num crivo, que é a sustentabilidade financeira. Nesse sentido, faz sentido que o Governo defenda o interesse nacional e, defendendo o interesse nacional, tenha suspendido agora o processo, evitando problemas no futuro”, acrescentou. <_o3a_p>

Questionado sobre a forma como será feita a injecção de capital de que a empresa necessita, e que era um dos argumentos para a privatização, Nuno Magalhães respondeu: “Vamos parar para pensar e certamente que o Governo, parando, pensando, encontrará uma solução.” <_o3a_p>

Os jornalistas perguntaram ainda ao deputado do CDS se a suspensão da privatização afasta as suspeitas, levantadas pela oposição, de falta de transparência do negócio que estava em curso e outras relacionadas com o envolvimento do ministro Miguel Relvas. <_o3a_p>

Nuno Magalhães respondeu que “o que mais uma vez se prova é que a política da suspeição tem o fim que teve neste caso”. “E, portanto, acho que os partidos da oposição, nomeadamente o PS, que assinou o memorando de entendimento, que fez o PEC IV, onde se previa esta privatização, que apresente também alternativas. Eu acho que é aquilo que os portugueses pedem ao maior partido da oposição”, afirmou. <_o3a_p>

O Governo anunciou esta quinta-feira que decidiu recusar a proposta de compra do grupo Synergy para a TAP, o único concorrente à privatização da companhia aérea nacional.<_o3a_p>
 
 

Sugerir correcção
Comentar