Construção civil cai 15% e está em risco de colapso
Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços estima que, neste ano, a construção de casas vai descer 18% e as obras de engenharia civil 14%.
Para a AECOPS, as estimativas “são alarmantes” e “confirmam o sério risco de colapso económico do sector”. A crise financeira afectou gravemente a construção civil no país, sem novas obras ou “crédito” para manter as que as empresas têm em carteira.
A AECOPS sublinha que o sector se confronta com uma “ausência da procura e do investimento, tanto público como privado”, com o encerramento das empresas - 1198 só este ano e mais de 200 mil postos de trabalho – e, finalmente, com uma contracção do crédito concedido ao sector de 5400 milhões de euros.
“A construção caminha para uma situação insustentável. Mais grave é o facto de não se perspectivar para breve uma inversão desta conjuntura”, alerta. Há, por isso, um “sério risco de colapso” que vai afectar “o resto da economia nacional”, lamenta a AECOPS.
Ainda terça-feira o Sindicato da Construção de Portugal alertava que há 10 mil trabalhadores do sector que esperam há uma década ou mais pelo pagamento de 50 milhões de euros referentes a salários em atraso e indemnizações. O sindicato reuniu-se com Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, para debater o problema.
Alguns dos processos que o sindicato acompanha duram há 13 anos e a há mais casos em Lisboa e no Porto.