Condições de trabalho são más para 61% dos portugueses

Na União Europeia, mais de metade dos inquiridos pelo Eurobarómetro está satisfeito com as condições laborais no seu país.

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Movimentos repetitivos são um dos problemas mais relatados pelos inquiridos Paulo Pimenta

Para 61% dos inquiridos em território nacional, as condições de trabalho – definidas pelo horário, organização, saúde e segurança, e relação com a entidade patronal – são más. E apenas 32% dizem ser “boas”. Em termos europeus, mais de metade (53%) indicam que as condições de trabalho no seu país são boas. Ao mesmo tempo, 28% garantem que são más e 15% sublinham mesmo que são “muito más”.

Os resultados variam de país para país: na Dinamarca, 87% dos inquiridos dizem ter boas condições laborais, mas a percentagem desce para os 16% na Grécia. Quem está empregado, tem mais tendência a dar nota positiva ao seu local de trabalho, comparando com quem tem experiência, mas não está empregado.

Mais de três quartos do que estão activos na União Europeia (77%) dizem-se satisfeitos com as condições do seu próprio emprego. A Grécia é o único país onde pouco menos de metade dos trabalhadores estão felizes, mas em Espanha, Roménia, Cróacia os resultados também ficam abaixo da média europeia.

Nos últimos cinco anos, 78% dos portugueses indicam que as condições laborais pioraram (57% na média europeia). Contudo, questionado sobre o grau de satisfação quanto ao horário, 78% dizem estar satisfeitos, em linha com os resultados médios na Europa (80%). Ao mesmo tempo, 73% dos inquiridos em Portugal também estão satisfeitos com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

À semelhança de outros inquéritos, este trabalho do Eurobarómetro também denota o pouco envolvimento que os trabalhadores portgueses têm na empresa. Cerca de 53% não foi consultado sobre mdanças na organização do trabalho nos últimos 12 meses (45% na UE). Mas quando o tema é a situação financeira e o futuro da empresa onde trabalham, 52% já diz ter sido informado (63% na europa).

A exposição a stresse, movimentos repetitivos ou o ruído e vibrações incómodas são os problemas mais relatados pelos inquiridos, avança este inquérito do Eurobarómetro.

O estudo foi realizado entre 3 e 5 de Abril e envolveu 26.571 pessoas dos 28 Estados-membros.

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