Brasileira Petrobras desiste da prospecção de petróleo em Portugal
Resultados da exploração em Peniche e no Alentejo “não justificam continuidade” dos projectos. Petrolífera garante que cumpriu todas as obrigações com o Estado português.
“Após a avaliação dos resultados dos estudos de geologia e geofísica efectuados nas áreas das concessões que detém em Portugal, [a Petrobras] considera que o risco exploratório não justifica a continuidade de sua participação no projecto”, revelou fonte oficial da petrolífera brasileira em Portugal.
A mesma fonte adiantou que, “face à não existência de outros projectos que se enquadrem estrategicamente no Plano de Negócios e Gestão” definido pela empresa para o período 2013-2017, esta “tomou a decisão de encerrar as suas actividades no país, respeitando e cumprindo as suas obrigações formais com os seus colaboradores, bem como com o Estado português, sócios, fornecedores e demais partes interessadas".
A Petrobras estava em Portugal desde 2007 e detinha, em parceria com a Galp, a concessão da exploração de sete blocos em águas profundas: quatro na bacia de Peniche (Camarão, Amêijoa, Mexilhão e Ostra) e três na bacia do Alentejo (Gamba, Santola e Lavagante), com uma participação de 50% em cada um deles.
A decisão de abandonar Portugal enquadra-se na estratégia assumida pela presidente da companhia, Graça Foster, de concentrar os investimentos no pré-sal brasileiro e desinvestir de operações não estratégicas no estrangeiro. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, esta política poderá levar ao encerramento de 38 operações da Petrobras até 2015.
A par de Portugal, Austrália, Irão, Nova Zelândia, Turquia e Líbia são operações que estarão também em processo de encerramento.