BMW cai em bolsa após notícia que aponta excesso de emissões num modelo da marca

Suspeitas têm afectado outros fabricantes europeus para além da Volkswagen.

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Revista lançou suspeitas sobre um modelo da BMW Christian Hartmann/REuters

Às 13h40, as acções da BMW desciam 7% na Bolsa de Frankfurt. Já a Daimler, fabricante dos Mercedes, descia 5%. Pelo contrário, a cotação da Volkswagen, um dia após a saída do presidente executivo, estava a subir 2%, continuando a tendência de quarta-feira.

Segundo a revista especializada Auto Bild, o modelo BMW X3 xDrive 20d não cumpre a norma Euro 6, que entrou recentemente em vigor e determina os limites de emissões de gases poluentes. A revista diz que o automóvel emite quase 12 vezes mais óxido de azoto do que o legalmente permitido.

Os testes, que também identificaram o mesmo problema num Audi A8 (a Audi faz parte do Grupo Volkswagen), foram feitos pelo Conselho Internacional para o Transporte Limpo, o mesmo grupo ambientalista que alertou as autoridades americanas. À revista alemã, a BMW respondeu que não tem qualquer sistema capaz de detectar a realização de testes em laboratório fazer com que os carros emitam menos poluentes do que em estrada, como acontece com a Volkswagen.

O escândalo da Volkswagen lançou suspeitas sobre todo o sector e tem levado o Governo de alguns países a pedir fiscalizações nacionais e ao nível europeu.

Em Portugal, o ministro da Economia, António Pires de Lima, disse nesta quinta-feira que o Governo está a trabalhar com o Instituto de Mobilidade e Transportes "para perceber se há alguma implicação para Portugal" das falhas descobertas nos motores a diesel da Volkswagen.

Pires de Lima disse ainda ter falado com responsáveis da Autoeuropa, a fábrica da Volkswagen em Palmela, tendo estes garantido que "os veículos produzidos em Portugal, nos últimos anos, não tiveram a incorporação deste kit fraudulento”. A fábrica não produz nenhum dos modelos Volkswagen e Audi que as autoridades americanas descobriram estar a falsear os testes.

Em Espanha, o jornal El País noticiou que a Seat, uma marca espanhola subsidiária da Volkswagen, usou os motores fraudulentos em mais de meio milhão de automóveis.

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