Num comunicado divulgado no seu site, o BNDES, que é accionista da Telemar Participações (ou seja, da Oi), diz ter solicitado “informações detalhadas sobre a referida aplicação” e acrescenta que “não considera nenhuma alternativa que não seja a preservação dos interesses dos accionistas da Oi, ao mesmo tempo que renova a sua confiança na actual gestão da companhia”.

A compra de papel comercial da Rioforte, detida pelo Grupo Espírito Santo que, por sua vez, é accionista da PT, tem estado a causar polémica e poderá ter consequências na fusão entre a operadora liderada por Henrique Granadeiro e a Oi. Existe a dúvida sobre se a Rioforte, em situação de insolvência, estará em condições de reembolsar a empresa.

O facto de a PT não ter comunicado a operação ao mercado e de não ter informado a Oi já levou, aliás, à demissão dos dois administradores não executivos da Oi que tinham assento na operadora portuguesa. Um deles, Otávio Azevedo, veio depois admitir publicamente, em declarações ao jornal brasileiro Valor Económico, que a renúncia se ficou a dever à aplicação na Rioforte. A própria Oi frisou que não tinha sido informada e disse que iria tomar "as medidas necessárias" perante esta situação.

A polémica tem vindo desvalorizar a PT, que voltou a cair mais de 5% em bolsa nesta terça-feira. Também a Oi tem vindo a ser penalizada, até porque a Standard & Poor's colocou o rating da empresa sob vigilância negativa devido ao investimento feito pela PT na Rioforte.