Afinal Pedro Reis não vai assumir cargo na CGD
Presidente do AICEP diz que não teve aprovação de todos os bancos. uma das condições que tinha colocado para aceitar convite.
De acordo com um comunicado enviado nesta quinta-feira, o gestor público afirma que “não foi possível assegurar integralmente as condições” que tinha definido previamente para aceitar o convite.
Uma dizia respeito à não remuneração do cargo, e que naturalmente não levantou quaisquer problemas. Outra, diz Pedro Reis, passava por uma expressão de acordo dos bancos.
“Embora seja minha convicção que o exercício do cargo de administrador não executivo da CGD é compatível com as funções de presidente da AICEP, entendi que algum banco pudesse não ter a mesma leitura”, afirmou no comunicado.
Por isso, diz, considerou que deveria “obter formalmente a não oposição por parte da Associação Portuguesa de Bancos”, a qual é presidida por Faria de Oliveira, que será substituído por Álvaro do Nascimento na presidência não executiva da CGD.
Uma vez que a APB não se pronunciou, o presidente da AICEP optou por “declinar o convite” para o cargo de administrador não executivo do banco público. À Lusa fonte oficial da APB afirmou apenas que esta associação “não se pronunciou nem tinha que se pronunciar sobre a nomeação” de Pedro Reis.
Agora, o Governo terá de encontrar um outro nome para completar a lista de administradores, de modo a que a equipa possa finalmente assumir funções, num processo que tem sido demorado. Além de Álvaro Nascimento, o banco gerido por José de Matos (que se mantém) terá como não executivos José Crespo de Carvalho, Pedro Pimentel, José Vieira Branco, Hélder dos Reis e Eduardo Paz Ferreira (reconduzido). Para a comissão executiva entram Ana Cristina Leal (Banco de Portugal), Maria João Carioca (SIBS) e João Coutinho (Barclays). João Nuno Palma e José Pedro Cabral dos Santos foram reconduzidos, tal como Nuno Fernandes Thomaz, que passa a vice-presidente.