A meio da tarde desta segunda-feira, a agência noticiosa cipriota avançou que só o Banco de Chipre e o Laiki, os dois bancos que vão ser reestruturados, iriam permanecer fechados até quinta-feira, mas o Banco de Chipre recuou, justificando que a decisão se destina a assegurar “o bom funcionamento de todo o sistema bancário”.

Os bancos de Chipre estão fechados desde que, a 16 de Março, o Eurogrupo aprovou um plano de resgaste que previa um imposto extraordinário sobre todos os depósitos bancários.

O plano inicial foi depois revisto e nesta segunda-feira ficou definido que apenas os depósitos superiores a 100 mil euros serão taxados (imposto de 30%).

Antes da mudança de dia da reabertura dos bancos, já o Presidente cipriota Nicos Anastasiades tinha anunciado “restrições muito temporárias” no movimento de capitais, sem, no entanto, dar mais pormenores. “Mas posso assegurar que será uma medida muito temporária e que será gradualmente reduzida.”

Segundo a BBC, é expectável que continuem a ser permitidos levantamentos de quantias reduzidas nas caixas multibanco.

“O acordo que fizemos é difícil, mas dadas as circunstâncias foi o melhor que conseguimos”, disse Anastasiades, numa declaração pela televisão, citada pela Reuters.

Anastasiades garantiu ainda que “haverá uma investigação criminal à forma como Chipre foi conduzido a esta crise”.