Actuário e jornalista, a melhor e a pior profissão do mundo em 2013
Especialista em números e análise de estatísticas versus redactor de notícias e reportagens para imprensa. Duas profissões diferentes e em pontas opostas na lista do Career Cast.
O actuário consegue o lugar de topo, depois de no ranking de 2012 ter ficado em segundo lugar, logo atrás de engenheiro de software, e antes de gerente de recursos humanos e higienista oral, terceiro e quartos respectivamente. Na lista de 2013, depois de actuário, as melhores profissões são engenheiro biomédico, engenheiro de software, audiologista, especialista em planeamento financeiro, higienista oral, terapeuta ocupacional, optometrista, fisioterapeuta e analista de sistemas de informática.
Para os jornalistas de imprensa, as notícias não são tão animadoras. Entre 2012 e 2013, caíram do 196º lugar para o último da lista do Career Cast, que analisa anualmente 200 profissões nos Estados Unidos. Nos dez últimos estão ainda, e por ordem decrescente o agricultor (190.º), assistente de bordo, carpinteiro, carteiro, meteorologista, produtor de leite, trabalhador de empresa petrolífera, actor, militar alistável e madeireiro.
Estas classificações foram feitas com base em critérios: salário; nível de stress, onde entram factores como prazos, competitividade, risco de vida ou exposição ao público; ambiente de trabalho, que inclui pela primeira vez a exigência física além da emocional; e probabilidade de contratação.
O actuário surge em primeiro porquê? Cecil Bykerk, da Academia dos Actuários Americanos, diz ao Career Cast que se trata de uma profissão de aprendizagem constante, desafiante e exigente. Em média, e segundo o departamento de estatísticas do trabalho norte-americano, o BLS, um actuário tem um salário anual de 87.650 dólares (67.246 euros). A previsão de crescimento da profissão no mercado de trabalho é de 27%.
Em oposição, um jornalista de imprensa tem um salário médio anual de 36.000 dólares (27.600 euros) e a previsão do crescimento da profissão é negativo (-6%). As fracas possibilidades de contratação associadas a um elevado nível de stress no trabalho e a um salário mais baixo que a média, explicam a colocação no último lugar da lista. Paul Gillin, antigo jornalista, especialista em media e fundador do site NewspaperDeathWatch.com, defende ao Career Cast que se trata de uma profissão sob ameaça. “O modelo de jornal impresso não é sustentável. Irá provavelmente desaparecer nos próximos dez anos”, argumenta.