Academia incentiva agricultores do Alqueva a produzirem plantas aromáticas

A academia será uma "unidade de demonstração e divulgação".

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Nelson Garrido

A criação da "Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva" envolve a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), o Centro de Estudos e Valorização dos Recursos Mediterrânicos (CEVRM) e a empresa Monte do Pardieiro.

A academia será uma "unidade de demonstração e divulgação", junto dos agricultores interessados, das várias espécies, das operações culturais, dos factores de produção e dos processos de comercialização de plantas aromáticas e medicinais, explica a EDIA, num comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a empresa, a academia pretende "dinamizar a agricultura de regadio associada à pequena propriedade e fornecer apoio e enquadramento aos projectos instalados e a instalar" na área das plantas aromáticas e medicinais.

A academia "nasce" numa altura em que se verifica "um interesse crescente" pelas plantas aromáticas e medicinais, o que se traduz no "número elevado" de candidaturas e na procura de terrenos para desenvolvimento de projectos de investimento na área, sublinha a EDIA.

De acordo com a empresa, os promotores vão assinar na quinta-feira um protocolo para a criação da "Academia das Plantas Aromáticas e Medicinais de Alqueva".

Na actual campanha de rega, o projecto Alqueva já tem infra-estruturados 68 mil hectares de regadio, mais de metade dos 120 mil hectares previstos no projecto global, cuja conclusão deverá acontecer em 2015.

Segundo a EDIA, a adesão ao regadio é um "sucesso", mas, em relação às explorações situadas em zonas de pequenas propriedades, "os valores não são tão significativos, devido, fundamentalmente, à sua inadequação para a produção sustentada de um leque alargado de culturas", refere a empresa.

A implementação dos 120 mil hectares de regadio do projecto Alqueva irá criar "condições para o desenvolvimento de novas culturas, possibilitando a criação de riqueza pelos beneficiários e promovendo o desenvolvimento regional", frisa a EDIA.

A conclusão do projecto Alqueva, inicialmente prevista para 2025, foi revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, depois, antecipada para este ano, o que o actual Executivo PSD-CDS/PP já disse não ser possível.

Em Abril de 2012, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu o compromisso do Governo de concluir as obras em 2015.