a Os dados da Direcção-Geral de Im-postos relativos a 2005 mostram que mais de metade dos portugueses não tem rendimentos suficientes para pagar imposto.
De acordo com um comunicado do Ministério das Finanças, perto de 52 por cento dos agregados familiares portugueses que declararam rendimentos acabaram por não pagar IRS. Além disso, dos restantes 48 por cento que pagaram houve 88 por cento que pagaram uma taxa nominal de imposto entre os 12 e os 24 por cento.
Cerca de 15 por cento dos contribuintes pagaram 3,0 por cento do imposto, 32 por cento suportouaram 7,0 por cento e um por cento foi responsável por 26 por cento.
Dados da Direcção-Geral dos Impostos mostram, por seu turno, que a taxa efectiva de imposto paga pelos portugueses em sede de IRS foi de 10,3 por cento em 2004 e 2005. Assim, cada português entregou em média ao Estado 10,3 por cento dos seus rendimentos, depois de descontados os benefícios e as deduções fiscais, como sejam as despesas de saúde, de educação ou os juros com a habitação própria, entre outros.
Essa taxa baixa para 6,8 por cento no caso dos trabalhadores dependentes e pensionistas e sobe para 14,4 por cento no caso dos profissionais liberais ou com outro tipo de rendimento.
Os dados mostram ainda que o número de declarações entregues de IRS, modelo 3, aumentou 3,3 por cento em 2005, com a subida a ser mais significativa (4,4 por cento) no caso dos trabalhadores independentes. Os portugueses parecem procurar cada vez mais a Internet como forma de entregar a sua declaração de IRS, já que, em 2005, 46 por cento do total de declarações foram entregues por via electrónica, depois desse valor ter sido de 25 por cento no ano anterior. Lusa