Uma das executivas mais famosas dos EUA, responsável pela fusão
HP-Compaq em 2002

Ao fim de quase seis anos à cabeça de uma das mais importantes empresas informáticas do mundo, Carly Fiorina foi afastada da presidência da Hewlett-Packard (HP). A principal razão avançada pelo conselho de administração da firma foi a sua incapacidade de continuar a transformar o perfil da HP. "A Carly foi contratada [em 1999] para catalisar uma transformação da HP. Ela fê-lo admiravelmente", disse Patricia Dunn, administradora da HP. "Mas para o futuro achamos que o cargo (...) exige outro tipo de competências."Fiorina é uma das executivas mais famosas dos EUA; aos 50 anos, é considerada uma das mulheres mais influentes no mundo dos negócios norte-americano. O seu nome tornou-se particularmente célebre aquando da "batalha" pela fusão-aquisição do fabricante de computadores Compaq; muitos accionistas da HP (incluindo Walter Hewlett, filho de um dos fundadores) opunham-se radicalmente à fusão. Fiorina acabou por ganhar essa batalha: em 2002, a HP fundiu-se com a Compaq. Mas às cicatrizes desse tortuoso processo acrescentou-se uma série de resultados medíocres da HP. Apesar da intenção ter sido a de refazer a estrutura da HP, transformando-a num grupo de serviços informáticos, a maior parte dos seus lucros continua a vir do seu sector de impressoras e tinteiros. "Embora lamente que eu e o conselho de administração tenhamos divergências sobre como executar a estratégia da HP, respeito a sua decisão e desejo [à empresa] o maior sucesso no futuro", declarou a ex-presidente, em comunicado.
O sucessor interino de Fiorina será Robert Wayman, administrador da HP, que disse à Reuters que a HP começou "imediatamente" a busca de um sucessor, e que é provável que este venha de fora da empresa. Os mercados reagiram bem à saída de Fiorina - em Wall Street, as acções da HP subiram mais de 7 por cento.