Tracking poll, sondagem com continuidade
A tracking poll que o PÚBLICO hoje volta a publicar em conjunto com a TVI obedece a um método específico de estudo de opinião e de tendência de comportamento eleitoral que mantém os traços das sondagens e das suas amostras independentes e casa-as com a permanência de algumas respostas, explica ao PÚBLICO António Salvador, director-geral da Intercampus, empresa responsável pelo estudo em causa.
Hoje publicamos a sétima traking poll de oito deste pacote, com um total de 5200 inquiridos, publicados a um ritmo de dois por semana. Este método permite, explica António Salvador, obter a fidelidade e a fiabilidade das sondagens, mantendo elementos de continuidade.
Uma tracking poll consiste numa sucessão de inquéritos do tipo das sondagens, com uma amostra-tipo de eleitorado cujos critérios não mudam ao logo dos inquéritos.
Cada um dos oito inquéritos mantém parte das respostas do inquérito anterior, garantindo assim uma segurança de respostas com um processo de pesquisa mais ágil.
Salvador explica que, a cada vaga (ou inquérito), as amostras são independentes e nunca se repete a pergunta a um mesmo inquirido. Mas em cada uma apenas se questionam 600 novos inquiridos, que vêm "refrescar" a amostragem. As restantes 400 respostas transitam da vaga anterior. A resposta de cada inquirido só é usada duas vezes.
Hoje o conjunto de 1000 respostas interpretadas é constituído pelas respostas de 600 pessoas que nunca responderam em vaga nenhuma anterior, mais 400 respostas interpretadas na última vaga (dia 23 de Maio).
Já na próxima vaga (a 30), serão usadas 400 respostas das 600 novas de hoje e serão inquiridas outras novas 600 pessoas.
Isto permite que "haja alguma continuidade que uma sondagem não garante" e torna também possível que "a primeira e a oitava tracking poll sejam comparadas como duas sondagens normais, já que não têm elementos comuns". ?São José Almeida