Vítor Pereira na origem de nova confusão na Grécia
Jogo AEK-Olympiacos foi interrompido após invasão de campo por adeptos.
Decorria o minuto 89 do encontro da segunda mão (no primeiro jogo o resultado foi 1-1) e Franco Jara, ex-jogador do Benfica, marcou o 1-0 para o Olympiacos. Vítor Pereira e vários dos seus jogadores festejaram junto à linha de fundo, com o técnico português a fazer gestos para a bancada.
Logo a seguir cerca de duas dezenas de apoiantes do AEK atiraram objectos para o campo e entraram mesmo no relvado, obrigando os jogadores do Olympiacos a fugirem. Após cerca de meia hora de espera, as autoridades deram o jogo como terminado, com a equipa de Vítor Pereira a passar directamente às meias-finais da competição.
“Senti a necessidade de celebrar daquela maneira. Marcámos um golo ao minuto 89. Aqueles que me conhecem sabem que sou entusiasta. Parabéns à minha equipa”, disse no final Vítor Pereira.
Este é mais um episódio de violência no desporto na Grécia. Vítor Pereira também já tinha estado no centro de outra invasão de campo, num derby Panathinaikos-Olympiacos, quando se aproximou de uma das balizas, o que resultou na fúria dos adeptos da equipa da casa.
Esses desacatos mereceram críticas ao treinador português, que numa já famosa conferência de imprensa se defendeu, dizendo que tem todo o direito de ir verificar as balizas antes do jogo. E acrescentou que nesse derby com o Panathinaikos só fez gestos para os adeptos, depois de ter sido provocado. “O gesto foi feito depois de ele entrar. Quando ele entrou, quis dizer-lhe que não tenho medo. Sabes porquê? Porque sou homem. Não tenho medo. Nem dele, nem de ninguém aqui. Não tenho medo de nada.”
Depois destes episódios de violência, o futebol grego esteve suspenso e a Liga só foi retomada no passado fim-de-semana, com jogos realizados à porta fechada.