Depois dos anos terríveis de 2010 e 2011, em que não ganhou nenhum torneio no PGA Tour, Woods conta já seis triunfos nos últimos 12 meses e três em 2013. Só em três outras épocas (2000, 2003 e 2008) é que o californiano, de 37 anos, somou três vitórias antes do Masters, o primeiro major do ano, agendado para o período de 11 a 14 de Abril.

Recuperado o domínio de outrora, Woods procura agora regressar aos êxitos no Grand Slam, que lhe fogem desde 2008. A sua quarta e última vitória no Masters remonta a 2005.

“É o subproduto de trabalho árduo, de paciência e de voltar a jogar torneios de golfe. Ganhei alguns torneios nos últimos meses e, consequentemente, subi”, afirmou Woods, que, na sua fase mais crítica, chegou a estar na 58.ª posição do ranking, resultado do escândalo sexual em que se viu envolvido (que o destroçou psicologicamente), das mazelas físicas que o vinham apoquentando e das mudanças operadas no swing.

O êxito no Arnold Palmer Invitational permitiu-lhe revalidar o título e conquistar a prova pela oitava vez, igualando o recorde de Sam Snead (1912-2002) no Greater Greensboro Open, relativo ao maior número de triunfos num só torneio do PGA Tour.

Mas enquanto Snead precisou de 27 anos para o conseguir, Woods fê-lo em apenas 13. “Não vejo ninguém a chegar lá durante muito, muito tempo”, disse Arnold Palmer, o lendário anfitrião do torneio. “Eu tive a oportunidade de ganhar um torneio cinco vezes e sei como foi difícil”, justificou.

Woods continua na perseguição de outro recorde de Sam Snead, as 82 vitórias no principal circuito de profissionais dos Estados Unidos. Actualmente, soma 77.

Em comum com as três vitórias de 2013, o facto de ter partido para a última volta a liderar e acabar por ganhar sem nunca se deixar apanhar, isto apesar de os nove primeiros classificados estarem separados por três pancadas. Nas 56 ocasiões em que partiu a comandar para os 18 buracos decisivos, Woods venceu 52.

No campo do Bay Hill Club & Lodge, totalizou 275 pancadas (69-79-66-70), 13 abaixo do par 72, para deixar o inglês Justin Rose (65-70-72-70), segundo classificado, a dois shots de distância. Mark Wilson, Keegan Bradley, Gonzalo Fernandez-Castaño e Rickie Fowler (com quem Tiger jogou em parelha na última volta) partilharam o terceiro posto, com 280.

Uma das marcas distintivas da carreira de Woods tem sido a forma como domina e tira partido dos pares 5. Em Bay Hill, isso foi bem visível e terá sido a chave do triunfo, já que neles totalizou 14 abaixo do par. Mas também esteve em grande forma nos greens, sendo o melhor nas estatísticas de putting com 110 putts ao longo dos 72 buracos.