Este jogo revelou, mais uma vez, o achado que foi Fredy Montero, um goleador como têm aparecido poucos em Alvalade. O colombiano que andava “perdido” pelo campeonato norte-americano e pela Liga do seu país marcou mais dois e elevou a sua conta neste campeonato para nove golos em sete jogos. Mas, mais importante, foi ele que fez o mais difícil, marcou o primeiro quando as coisas estavam difíceis para os “leões” e o Vitória era uma equipa compacta, segura e que estava a enervar o adversário.

Durante quase toda a primeira parte, o filme foi este. O Sporting tinha posse de bola, mas a circulação e criação de espaços era dificultada pela marcação em cima dos homens de José Mota. Mas tudo mudou aos 40’. Rafael Martins tem a bola dominada e opta por fazer um atraso para o seu guarda-redes Servín, mas, entre os dois, surge o predador colombiano do Sporting que, com toda a calma, faz o primeiro.

Estava feito o mais difícil. O Sporting podia acalmar, o Vitória teria de se libertar para tentar escapar aos lugares do fundo da tabela. Mas, para isso, os sadinos teriam que aligeirar as marcações e disso se aproveitou o Sporting para golear. Aos 58’, André Carrillo foi bem servido por Adrien e fez o 2-0. Aos 33’, Ivan Piris, que se estreou no “onze” devido à lesão de Jefferson, assistiu Montero e fez o 3-0. A goleada fechou aos 75’ com um penálti convertido por Adrien Silva, depois de assinalada uma falta de Cohene sobre Maurício.

Estava consumada mais uma goleada deste Sporting renascido de Leonardo Jardim, a terceira, depois de ter aberto o campeonato com nove golos nos dois primeiros jogos, desta vez frente a um Vitóra que se tinha apresentado como a pior defesa. A jogar e a marcar assim, vai ser cada vez mais difícil o Sporting não se considerar a si próprio como candidato ao título.