Sócios do Sporting aprovam plano de Bruno de Carvalho

Plano do presidente "leonino" teve 97 por cento de votos favoráveis.

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O plano de Bruno de Carvalho teve um apoio esmagador Bruno Castanheira

A proposta de Bruno de Carvalho precisava de dois terços dos votos para passar, mas obteve muito mais que isso, um reforço da legitimidade da sua liderança, depois de ter sido eleito em Março.

“O Sporting agora é dono do seu destino, com capacidade de gestão e decisão. Sentimos o peso da responsabilidade. Sinto que não existia outra alternativa e, neste momento, os sócios sabem qual é a situação e para onde queremos caminhar”, declarou o presidente sportinguista após uma reunião que durou mais de cinco horas e que contou com a presença de 1351 sócios.

Mas o presidente sportinguista deixou o aviso de que estas mudanças não terão um efeito imediato: “Já disse várias vezes que o Sporting não vai passar da pior época desportiva de sempre para a melhor. O que continuamos é com um grau de exigência elevado e iremos entrar em todos os jogos para ganhar e para fazer o nosso melhor.”

Bruno Carvalho teve assim autorização dos sócios para fazer um aumento de capital social da SAD em 38 milhões, sendo que, deste montante, 20 milhões correspondem a conversão de créditos da empresa angolana Holdimo, que passa a deter 26% do capital da sociedade — a empresa detinha percentagens de passes de 28 jogadores, entre os quais Rui Patrício, Bruma e Ilori, que revertem para o clube. Haverá, depois, um aumento posterior de capital de 18 milhões, mas Bruno de Carvalho não revelou quem serão os investidores.

Para além do aumento de capital, a AG “leonina” aprovou um novo empréstimo de 68 milhões de euros, dando como garantia a favor do BES e do BCP (os bancos financiadores) o direito de superfície do Estádio José Alvalade e do edifício multidesportivo.

A direcção do Sporting obteve ainda autorização para emitir 80 milhões de euros de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) a favor dos bancos, os quais terão uma maturidade de 12 anos. Ou seja, se o Sporting não pagar a dívida neste prazo, os bancos ganham o controlo da SAD com estes VMOC convertidos em acções.

Nesta AG foi ainda aprovado por maioria, de braço no ar, o orçamento do clube para a época 2013-14, cujo resultado liquido positivo ficou estimado em 857.058 euros.
 

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