O FC Porto somou 25 remates contra quatro do Moreirense, ganhou 17 cantos (zero dos visitantes) e Helton, aplaudido durante o aquecimento — e perdoado pelo erro em Paris —, não realizou uma única defesa, ao contrário do atarefado Ricardo Ribeiro. Mas os “azuis e brancos” nunca tiveram um jogo fácil contra a equipa de Moreira de Cónegos e também não seria desta vez. Tal como nos sete duelos anteriores entre as duas equipas (cinco vitórias portistas e dois empates), o FC Porto não conseguiu ganhar por mais de um golo.

O décimo golo de Jackson no campeonato, apontado aos 71’, decidiu um jogo de sentido único, desequilibrado como as posições que os dois clubes ocupam na tabela classificativa.

A falta de fluidez portista, a má pontaria dos avançados e a competência defensiva dos visitantes quase lhes valeu um ponto precioso. Jackson resolveu a 20 minutos do fim, mas poderia ter marcado mais cedo, pois desperdiçou algumas boas oportunidades — a primeira logo aos 50 segundos, quando James Rodríguez o descobriu nas costas da defesa.

Pintassilgo, uma novidade de Jorge Casquilha no “onze”, ajudou a tapar o lado direito, mas o FC Porto, com um relvado novo no Estádio do Dragão, mais pela insistência do que pela qualidade, encontrou formas de chegar à área do Moreirense. O que lhe faltaram foram formas de colocar a bola dentro da baliza de Ricardo, que brilhou em defesas a remates de João Moutinho e James Rodríguez.

Ao intervalo, Vítor Pereira tirou o “tocado” Lucho por, à falta de opções disponíveis no meio-campo, Kelvin. James passou para o meio. O brasileiro deu algum sangue novo à equipa e depois Kléber juntou-se a Jackson na frente.

Mas foram os suspeitos do costume os intervenientes no lance decisivo. James marcou o canto e Jackson redimiu-se dos falhanços anteriores, marcando de cabeça.

Com o Moreirense sempre longe da baliza de Helton - Alex Sandro e Danilo passaram a maioria da segunda metade no meio-campo do adversário -, o maior perigo para a baliza do brasileiro aconteceu numa intervenção de Otamendi, mas o guarda-redes travou a bola.

O golo portista surgiu no 15.º canto do jogo, também o 15.º do FC Porto, que agora vai torcer pelo Sporting.