Froome foi um pouco mais humano no dia da primeira vitória francesa

Ciclista britânico aumenta vantagem sobre Contador quando já só faltam mais três etapas para o fim da prova.

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Riblon, o primeiro ciclista francês a vencer nesta edição do Tour Jacky Naegelen/Reuters
Froome e Porte foram juntos até ao topo
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Froome e Porte foram juntos até ao topo JOEL SAGET/AFP
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A homenagem do Tour a Nelson Mandela no dia do aniversário do ex-presidente sul-africano PASCAL GUYOT/AFP
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Uma curva apertada na descida Eric Gaillard/Reuters
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Outra curva apertada na descida JOEL SAGET/AFP
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Adeptos à espera de Chris Froome JEFF PACHOUD/AFP
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Muita gente à volta dos ciclistas Eric Gaillard/Reuters

Pela primeira vez, o Tour ia passar duas vezes no mesmo dia no Alpe d’Huez, a lendária montanha alpina onde Joaquim Agostinho já foi rei. Mais uma oportunidade para atacar Froome, mais um dia que a Sky teria de defender o seu chefe-de-fila. Aos 17km, uma fuga de nove ciclistas não preocupou o pelotão e o grupo foi ganhando vantagem nas subidas e descidas. No início da segunda escalada ao Alpe d’Huez, já só eram três na frente, Tejay van Garderen (BMC), Christophe Riblon (AG2R) e Moreno Moser (Cannondale).

Van Garderen é o primeiro a atacar e ganha alguma vantagem, mas é apanhado por Riblon, que corta a meta isolado, tornando-se no primeiro francês a ganhar nesta edição centenária do Tour. Foi o segundo triunfo em etapas do Tour para Riblon (venceu em 2010 uma etapa nos Pirenéus), e sucede ao seu compatriota Pierre Rolland como o rei do Alpe d’Huez.

Mais atrás vinham aqueles que interessavam para a classificação geral. Depois de muitos ataques infrutíferos à camisola amarela, é Nairo Quintana (Movistar) a mostrar os seus dotes de trepador e tenta fugir, deixando quase toda a gente para trás, menos “Purito” Rodríguez (Katusha), Richie Porte (Sky) e Froome. Nova aceleração do companheiro de equipa de Rui Costa e começam as dificuldades para o líder. Rodríguez segue o colombiano, Porte fica com Froome e vai ser-lhe útil mais tarde. Já perto do topo, Froome faz sinal ao carro de apoio e Porte vai buscar mantimentos para o seu líder, um reabastecimento ilegal que custou 20 segundos de penalização ao britânico.

“Não foi fácil. Estou muito contente por ter tido Richie Porte ao meu lado. Hoje ele esteve muito melhor que eu. Comecei a precisar de açúcar na parte final. Richie deu-me. Quando levantei o braço foi para pedir um pouco de açúcar. Comecei a sofrer de hipoglicemia. Foi uma etapa dura”, reconheceu o britânico, que, ainda assim, conseguiu ganhar tempo a Contador, apenas 11.º da etapa.

O espanhol da Saxo não só perdeu tempo para o camisola amarela, como tem também o seu segundo lugar cada vez mais ameaçado por Quintana, que subiu ao terceiro lugar e colocou-se a apenas 21 segundos. O colombiano assume que um lugar no pódio nesta sua estreia no Tour é o seu objectivo, mas já não acredita poder chegar ao degrau mais alto: “A diferença para o Froome é demasiado grande. Mas nunca estive tão feliz como agora. Subi do sexto ao terceiro lugar da geral, ganhei um minuto a Froome. Nem me dei conta que ele estava com problemas, porque o meu ritmo era o ideal”.

Quanto aos portugueses, Rui Costa (Movistar) terminou em 79.º da geral, a 25m10s de Riblon, e desceu para 32.º da geral. Sérgio Paulinho (Saxo-Tinkoff) foi um dos animadores da primeira metade da etapa, andando em fuga com o seu companheiro de equipa Nicolas Roche, mas acabou por terminar quase em último (170.º em 175), descendo para 132.º da geral, agora com mais 2h55m00s que o camisola amarela.

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